Exposição - Memórias do Sismo de 28 de fevereiro de 1969

Uma exposição fotográfica e documental sobre os efeitos do sismo de 1969, o mais forte a atingir Portugal no século XX, está patente entre 1 a 17 de março, no centro comercial Alegro Setúbal.


“Memória do Sismo de 1969 – 28 de fevereiro, a noite em que Portugal tremeu”, com inauguração agendada para o dia 1, às 17h00, revela memórias do violento sismo que há 50 anos provocou a morte de mais de uma dezena de pessoas e a destruição de vários edifícios.

A exposição, organizada pela autarquia em parceria com o Rotary Clube de Setúbal, o Instituto Politécnico de Setúbal e o Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, inclui uma mostra de material de promoção de medidas de autoproteção.

“Às 03h45 desta madrugada um forte tremor de terra sacudiu quase todo o país”, noticiou, em 1969, o jornal Diário de Notícias. Treze pessoas morreram e 58 ficaram feridas. O sismo provocou ainda cortes nas telecomunicações e no fornecimento de energia elétrica.

O sismo que sacudiu o país na madrugada do dia 28 de fevereiro de 1969, com uma magnitude de 7,9 na escala de Richter, teve epicentro a 200 quilómetros de Sagres. Na história fica ainda o registo de várias construções e edifícios destruídos em vários pontos do país.

A exposição “Memória do Sismo de 1969 – 28 de fevereiro, a noite em que Portugal tremeu”, com entrada gratuita, pode ser visitada entre 1 a 17 de março, de segunda a quinta-feira, domingos e feriados das 10h00 às 23h00 e aos sábados e vésperas de feriados das 10h00 às 24h00.

Além da mostra, a evocação da memória do sismo inclui ainda, no dia 28, durante a manhã, na Casa da Baía, um encontro subordinado à temática “50 Anos do Sismo de 1969”, no qual participa, às 09h30, o vereador da Proteção Civil e Bombeiros na Câmara Municipal de Setúbal, Carlos Rabaçal.

À exibição do filme “Memórias do Sismo de 1969”, juntam-se várias intervenções, como “Formação Geológica da Arrábida”, por Susana Custódio, da Faculdade de Ciências de Lisboa, e “Sismos e Tsunamis em Setúbal”, por Ângela Santos, do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território.

“O Estado Atual dos Edifícios e Construções em Portugal”, por Mário Lopes, do Instituto Superior Técnico, e “Estamos Preparados? Antes, Durante e Depois de um Sismo”, a cargo de Alexandre Aleluia, do Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal, são outros temas em reflexão.

Na parte da tarde, o encontro “50 Anos do Sismo em 1969”, inclui, a partir das 14h30, uma visita guiada por Manuela Tomé ao centro histórico de Setúbal, a locais nos quais ainda é possível observar danos visíveis provocados pelo maior abalo sísmico registado em Portugal no século XX.

A mostra e o encontro são dinamizados no âmbito do “Setúbal Resiliência +, Os Dias da Segurança”, programa com um conjunto de iniciativas de participação gratuita a decorrer em vários espaços do concelho, que aborda questões de segurança e de proteção civil sobre diversas perspetivas.