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O trabalho desenvolvido pelas autarquias e por diversas entidades do distrito de Setúbal no combate à pandemia de Covid-19, analisado a 13 de abril numa reunião alargada da Comissão Distrital de Proteção Civil, mereceu elogios do Governo.


As atividades de combate à pandemia no distrito são acompanhadas, diariamente, em pequenas reuniões realizadas no Comando Distrital Operacional de Setúbal, localizado em Palmela, dirigidas pelo comandante operacional distrital, Elísio Oliveira.

O encontro de 13 de abril, dirigido pela presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil e da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, contou com a participação dos secretários de Estado Duarte Cordeiro e Jorge Seguro Sanches, responsáveis pela coordenação da execução do estado de emergência nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, respetivamente.

O vereador da Proteção Civil Municipal, Carlos Rabaçal, acompanhou a reunião, por videoconferência, indicando que os municípios e as entidades de proteção civil apresentaram um resumo do trabalho desenvolvido nas últimas semanas e todos concluíram que o balanço é positivo, o que mereceu elogios por parte dos governantes.

“Os secretários de Estado consideraram que no distrito de Setúbal há uma forte organização, bem estruturada, com boa articulação entre todas as entidades e com uma boa resposta à situação que se vive”, sublinha o autarca.

Uma das questões abordadas na reunião relaciona-se com as dificuldades de articulação com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, a qual não tem estado presente nas reuniões da Comissão Distrital de Proteção Civil, o que levou a presidente Maria das Dores Meira a solicitar a intervenção da ministra da Saúde em carta enviada a 2 de abril.

O vereador Carlos Rabaçal revela que os secretários de Estado tomaram nota da preocupação e deixaram a garantia de que vão ajudar a solucionar esta questão, uma vez que “é muito importante a presença da autoridade de saúde”.

Outra situação que preocupa a Comissão Distrital de Proteção Civil é a falta de fiscalização por parte da Segurança Social à forma como se equipam os profissionais de saúde que acumulam funções nos hospitais e nos lares antes de entrarem ao serviço, algo que deve constar dos planos de contingência.

As entidades presentes na reunião alertaram que esta situação constitui um risco de propagação nos lares e nis hospitais, pelo que é necessário incluir nos planos de contingência destas instituições a medida relativa à forma como os profissionais se equipam, além de ser necessário o reforço de ações e de outras medidas complementares.

A necessidade de preparar os meios necessários para a eventualidade de serem criados hospitais de campanha no distrito foi outro assunto abordado.

Os municípios deram também conhecimento dos trabalhos de desinfeção realizados nos espaços públicos e fizeram um balanço dos números de pessoas infetadas com Covid-19 em cada concelho.

“Concluímos que o trabalho desenvolvido pelas autarquias e pelas diversas entidades de proteção civil e também o comportamento adequado dos cidadãos têm contribuído para que o distrito não apresente números muito elevados”, considera Carlos Rabaçal.

As entidades presentes no encontro manifestaram, igualmente, a necessidade de se criar, na região de Setúbal, um local destinado à desinfeção das viaturas de transporte de doentes com Covid-19, uma vez que, atualmente, entre Santarém e o Alentejo, este trabalho só é possível de realizar em Queluz.

Uma das notas deixadas pela Câmara Municipal de Setúbal é a de que têm sido desenvolvidos todos os esforços para manter a operacionalidade dos serviços, quer seja em teletrabalho, quer no terreno.

“Temos metade dos operacionais no terreno a garantir, diariamente, a higiene urbana e diversas intervenções no espaço público, porque o município não pode parar. Garantimos também apoio a diversas entidades da área da saúde, bem como apoios sociais às pessoas afetadas pela pandemia”, adianta o autarca.