Exposição | Uma Família de Artistas no Século XX

Uma mostra inédita que apresenta obras de três gerações de artistas da mesma família, Mário Eloy, pai e filho, e Sérgio Eloy, foi inaugurada no dia 8 na Galeria Municipal do 11, onde fica patente até julho.


“Uma família de artistas no século XX em Portugal – Mário Eloy (pai), Mário Eloy (filho), Sérgio Eloy – Pintura e Fotografia” acolhe, entre outras peças, o autorretrato de Mário Eloy pai (1900-1951), com dedicatória de Olga de Moraes Sarmento, que integra a coleção do Museu de Setúbal/Convento de Jesus.

Devido ao impedimento de empréstimo de obras da autoria de Mário Eloy pai por parte de outros museus, a exposição privilegia, principalmente, obras de Mário Eloy filho (1929-1977), igualmente pintor, e de Sérgio Eloy (1959-2004), fotógrafo, ambos menos conhecidos.

De Mário Eloy filho podem ser apreciadas as obras “Naus”, da coleção do pintor Matos Cardoso, “Cartas a Meu Pai”, de coleção particular, “Motif 2” e “Donker vis motif”, da coleção Maria Orquídea Graça, e perto de uma dezena de pinturas sem ou com título indecifrável.

Entre as várias peças expostas de Sérgio Eloy contam-se um conjunto de 32 fotografias sobre papel fotográfico e uma película sem título, que conquistou o Prémio de Fotografia na III Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian.

Os visitantes podem, igualmente, apreciar várias das obras dos três artistas em formato digital.

A mostra, organizada pela Câmara Municipal de Setúbal, por sugestão de José Matos Cardoso, que possui ligações familiares com os Eloy, é de entrada livre e pode ser visitada até dia 17 de julho, de terça a sexta-feira das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, abrindo ainda aos sábados das 14h00 às 18h00.

Na inauguração, houve uma visita guiada a cargo de Baptista Pereira, que partilha o comissariado da exposição com José Matos Cardoso, Inês Costa e Vanda Gonçalves.

As três gerações de artistas da família Eloy, que viveram com a doença de Huntington, caracterizada por afetar o sistema nervoso central, marcaram a evolução do expressionismo à abstração em Portugal, passando pelo simbolismo, modernismo e gestualismo.