Interface de Transportes de Setúbal - inauguração

O Interface de Transportes de Setúbal, projeto estruturante para a promoção da intermodalidade e da utilização do transporte público, foi inaugurado no dia 16 de setembro, na Praça do Brasil, numa iniciativa integrada na Semana Europeia da Mobilidade.


A infraestrutura junta, num só local, opções de transporte coletivo rodoviário e ferroviário, que, atualmente, se encontram em locais distintos da cidade, e um parque de estacionamento subterrâneo, com ganhos significativos para a circulação municipal e regional.

A empreitada, que materializa um investimento da Câmara Municipal de cerca de 4 milhões e 400 mil euros, com apoio de fundos comunitários, contemplou a construção de um terminal rodoviário com uma área de quase 3500 metros quadrados e capacidade para 18 autocarros.

A intervenção incluiu a criação de um parque de estacionamento subterrâneo, com lotação de 122 lugares, e respetivas áreas e infraestruturas de apoio.

A estas novas valências junta-se uma zona para parqueamento de 12 bicicletas, a BiciBox, e um espaço de apoio aos ciclistas para pequenas reparações.

O Interface de Transportes de Setúbal, que entra em funcionamento em novembro, constituiu “um importante incentivo para que, cada vez mais, se utilizem transportes públicos” e “permite maior comodidade a quem os usa”, destaca Maria das Dores Meira.

Para capitalizar as potencialidades, a autarquia aliou à criação desta infraestrutura a participação municipal no Passe Navegante e na nova rede de transporte rodoviário de passageiros da Área Metropolitana de Lisboa que entrará em funcionamento em 2022.

“Esta participação implica uma comparticipação anual, desde 2020, de mais de dois milhões de euros anuais para garantir o funcionamento de todo o sistema”, apontou a a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira.

Também por vontade do município e em resultado de um concurso público lançado pela Área Metropolitana de Lisboa “haverá em breve novas carreiras em todo o concelho, numa rede muito reforçada, e autocarros novos a circular, no que constituirá acentuada melhoria do serviço prestado à população de todo o concelho, da Gâmbia a Azeitão”.

O consórcio de empresas Alsa Todi, vencedor do concurso público para o Lote 4 da AML, que contempla os concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, substitui a TST – Transportes Sul do Tejo, a partir de 2022, na concessão do serviço público de transporte rodoviário de passageiros no concelho sadino.

O administrador da Alsa Todi, Fernando Esteves adiantou que o novo operador entra em funcionamento “a partir de abril de 2022, de forma faseada, com 170 autocarros totalmente novos”, que proporcionam “melhores condições de conforto e segurança aos munícipes de Setúbal”.

As novas viaturas, de cor amarela, que operam com a marca Carris Metropolitana, são adequadas ao transporte de pessoas com mobilidade reduzida e possuem rede wi-fi.

O projeto do Interface de Transportes de Setúbal, designado de PAMUS 01 – Interface de Setúbal, enquadra-se na estratégia de mobilidade para a cidade, consubstanciada no Plano de Mobilidade Sustentável e Transportes de Setúbal.

A infraestrutura, um investimento total de 4 milhões, 466 mil e 487,96 euros, tem uma comparticipação de fundos comunitários de 50 por cento sobre o valor elegível, de 2 milhões e 250 mil euros, resultado de uma candidatura ao Portugal 2020, no âmbito dos PEDU – Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano do Lisboa 2020 – Programa Operacional Regional de Lisboa.

O projeto insere-se no objetivo temático 4, que estabelece o apoio à transição para uma economia de baixo teor de carbono em todos os setores, assumindo como prioridade de investimento a promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para atenuação.

O PAMUS 01 – Interface de Setúbal enquadra-se no objetivo principal de melhoria da rede de interfaces com a rede de transporte público coletivo, incluindo intervenções em parqueamento quando associado às estações ferroviárias ou interfaces de transportes públicos, como terminais de autocarros, e na periferia de centros urbanos.

Visa, igualmente, a melhoria da organização funcional da rede de interfaces e a sua inserção urbana no território, tendo em vista o reforço da utilização do transporte público coletivo e dos respetivos modos suaves.