Exploraterra - nau Santa Maria e caravela Vera Cruz - partida

A caravela Vera Cruz e a nau Santa Maria, réplicas de embarcações portuguesas e espanholas que deram novos mundos ao mundo, partiram de Setúbal a 28 de fevereiro, onde permaneceram entre os dias 23 e 27 e foram visitadas por milhares de pessoas.


A iniciativa resulta do projeto Exploraterra – “Preservação, valorização e promoção do património cultural vinculado à I Circunavegação e às Expedições Marítimas Geográficas”, através do qual Portugal e Espanha dão a conhecer, da forma mais fiel possível, a forma como os antepassados marítimos de ambos os países exploraram o mundo durante o século XV.

As embarcações estiveram disponíveis para visitas gratuitas da população enquanto estiveram acostadas no porto de Setúbal e, embora a organização não tenha ainda a contabilização final fechada, só no sábado e no domingo passaram por ambos os veleiros cerca de quatro mil pessoas.

Durante a estadia das embarcações em Setúbal, numa iniciativa que contou com os apoios da Câmara Municipal e da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, realizaram-se, igualmente, várias visitas escolares, envolvendo a participação de 1500 alunos do concelho.

O Exploraterra é fruto do confinanciamento do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal, que tem como parceiros a Fundação Nao Victoria, a Junta de Andaluzia, o Turismo do Algarve, a Xunta de Galicia e a Aporvela.

As embarcações são réplicas o mais fiel possível dos transportes utilizados pelos marinheiros portugueses e espanhóis durante o século XV na exploração do globo, com a nau Santa Maria a representar um dos veleiros que integraram a frota de Cristóvão Colombo na descoberta do continente americano, em 1492.

Tanto a caravela, como a nau são navios-museu quando atracados, mas, no mar, assumem o papel de barcos-escola para as respetivas tripulações, que podem ser constituídas por qualquer pessoa a partir dos 15 anos de idade.

Embora respeitem padrões de segurança modernos, os métodos de navegação são, também eles, os mais fiéis possível de como se realizavam há cinco séculos.

A Vera Cruz e a Santa Maria seguiram para a Galiza, Espanha, mais especificamente Baiona.