A vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, transmitiu no dia 9 a um grupo de alunos da Escola Básica Barbosa du Bocage a importância da sensibilização dos pais, família e amigos para a questão das alterações climáticas.
Carla Guerreiro, que tem os pelouros do Ambiente e da Educação, falou a alguns estudantes durante a inauguração de um mural pintado por Gonçalo Mar na parede das traseiras do pavilhão gimnodesportivo da EB Barbosa du Bocage, que, tendo como tema a mobilidade sustentável, conclui um projeto municipal, com fundos comunitários, de comunicação e sensibilização em cenários de risco associados às alterações climáticas.
“O trabalho está lindo”, comentou a autarca. “Apela para cuidarmos do ambiente e termos em consideração as alterações climáticas. Isto que vocês estão aqui a ver faz parte de um projeto a que a Câmara se candidatou que tem a ver com os riscos das alterações climáticas e visa que os alunos das nossas escolas fiquem sensibilizados para esta questão.”
A autarca sublinhou que este tipo de trabalho “foi feito em todas as escolas” do concelho. “Convidámos vários artistas e eles fizeram uma proposta para trabalharem em conjunto com os alunos. Portanto, a partir deste momento, todas as escolas foram sensibilizadas para esta temática.”
Segundo a vice-presidente do município, os alunos do Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage “têm cumprido muito bem a função da sensibilização” para as alterações climáticas, uma vez que algumas das escolas são Ecoescolas e outras integram o projeto Escola Azul, o que significa que se está a “ir no bom caminho”.
Carla Guerreiro exortou as crianças para, além do trabalho realizado em sala de aula, fazerem um esforço de sensibilização ambiental junto dos pais, família e amigos, com a justificação de que os problemas do planeta são de todos os que nele habitam.
“Se o planeta não tiver condições nós é que deixamos de ter condições para poder viver nele”, alertou, aproveitando para dar o exemplo do trabalho que está a ser feito no Parque Urbano da Várzea, área, com 19 hectares, localizada em frente do mural, com bacias de retenção de água, para evitar as cheias na cidade, e onde têm vindo a ser plantadas muitas árvores, para reduzir o risco da onda de calor.
Gonçalo Mar demorou seis dias e usou cerca de 50 latas de tinta em spray para pintar um mural surrealista que conjuga a natureza com a mobilidade sustentável, para, como afirmou, fazer “pensar na pegada ambiental da espécie humana”, que é “a única que consegue criar mudanças no próprio planeta”.
Segundo o artista, a escola é o “sitio ideal” para se passar cedo a mensagem aos mais novos, para que eles se responsabilizem “cada vez mais” pela preservação do ambiente.
O mural, repleto de cores vivas, conta com elementos da fauna e da flora, tendo em destaque, montado numa bicicleta, “um ser que faz parte deste mundo surrealista”, com a intenção de fazer com que as pessoas parem, observem e descodifiquem “um mundo quase paralelo em que a natureza dominava”.
Com financiamento comunitário pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), o projeto de comunicação e sensibilização em cenários de risco associados às alterações climáticas incluiu o “Mês dos Riscos e das Alterações Climáticas”, que levou às seis escolas sede de agrupamento do concelho ações como bancas temáticas, palestras com parceiros, publicação de conteúdo didático e distribuição de kits de emergência.
