Figueirinha ostenta Bandeira Azul e Praia + Acessível.

A Praia da Figueirinha foi, no dia 9, palco da cerimónia nacional de hastear da Bandeira Azul 2022, evento em que também recebeu o Prémio Praia + Acessível, fruto, destacou o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, de muito esforço e trabalho.


“Este hastear [da Bandeira Azul] é importante para Setúbal, mas para Portugal também. É uma honra saber que Setúbal e a Figueirinha foram escolhidas para este primeiro hastear da bandeira em 2022. Estas coisas não acontecem por acaso. São o resultado de esforço, dedicação e muito trabalho”, sublinhou o presidente do município, André Martins.

Além de a Figueirinha ter sido escolhida para acolher o primeiro hastear da Bandeira Azul em praia costeira 2022 no país, a cerimónia, que contou com a presença de um conjunto de individualidades, constitui o momento simbólico em que o areal recebeu o Prémio Praia + Acessível.

Esta distinção, atribuída em 2021 a outra praia setubalense, Albarquel, tem o objetivo de distinguir as praias nacionais, costeiras ou interiores, que, tendo sido galardoadas com a Bandeira Praia Acessível, como é o caso da Figueirinha, evidenciem as melhores condições de acessibilidade.

Tal como acontecera no ano passado com Albarquel, que também ostenta em 2022 a Bandeira Praia Acessível, o prémio da Figueirinha constitui uma referência nacional pela qualidade do usufruto da oferta existente ao nível de serviços e bem-estar que proporcionam às pessoas com mobilidade reduzida.

André Martins salientou que acumular as bandeiras, Azul e Acessível, é sinal de que a Câmara Municipal está a desenvolver esforços evidentes “para proteger a qualidade do ambiente, mas, também, a qualidade da praia para que as pessoas usufruam delas da melhor maneira possível”.

O autarca realçou que a determinação do município não se foca apenas na Figueirinha ou em Albarquel, “mas noutras praias da Arrábida, como é o caso, por exemplo, do Creiro”.

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal relembrou algumas das áreas onde têm sido feitos trabalhos com o objetivo de melhorar o usufruto das praias locais, como a organização e regularização dos acessos aos areais, graças ao programa municipal “Arrábida Sem Carros e em Segurança” e que “conta este ano com uma melhoria no serviço de transportes públicos”.

A diretora da Associação Bandeira Azul da Europa Fernanda Santiago frisou, na cerimónia, que as praias têm de “respeitar 33 critérios exigentes no processo de atribuição do galardão”, sendo que “o cumprimento deles dá aos areais um reconhecimento de dimensão internacional”.

Fernanda Santiago destacou que, este ano, a Bandeira Azul foi atribuída a 431 praias do país e que, “nos últimos anos, tem havido um crescendo no número total de atribuições”.

Os 35 anos de história da bandeira têm “contribuído para a melhoria da qualidade ambiental das zonas balneares do país”.

Joaquim Cunha, em representação da Agência Portuguesa do Ambiente, apresentou uma resenha histórica da evolução da praia da Figueirinha no que toca à Bandeira Azul.

Embora aquele areal setubalense já tenha ostentado por 19 vezes a Bandeira Azul, sendo esta a 14.ª vez que o faz consecutivamente, relembrou que, “há cinco anos, antecipando a legislação, o município teve a coragem de assumir a gestão das praias”.

Esta decisão, referiu, levou a que “antecipasse infraestruturas, como, por exemplo, a instalação de casas de banho, de um passadiço e de uma zona de sombra”.

O esfoço municipal foi igualmente reconhecido pelo presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional para a Reabilitação, uma das instituições responsáveis pela atribuição do Prémio Praia + Acessível e da Bandeira Praia Mais Acessível.

“O principal objetivo é que todos os cidadãos tenham acesso a todos os serviços sem exceção. E as praias fazem parte deste objetivo. Quero agradecer muito o esforço de Setúbal nesta matéria”, sublinhou Humberto Santos.

A cerimónia do dia 9 antecipa o início oficial da época balnear em Setúbal, a qual decorre entre 10 de junho e 18 de setembro.