Presidente da Câmara, André Martins, e diretora da Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, Iolanda Rodrigues, no dia do 40.º aniversário da instituição.

O presidente da Câmara Municipal, André Martins, celebrou em 19 de outubro o 40.º aniversário da Academia de Dança Contemporânea de Setúbal com a inauguração de uma nova imagem e decoração da sede, reabilitada pela autarquia.


Num dia em que cantou os parabéns à ADCS, André Martins reafirmou a promessa do alargamento das atuais instalações para breve e de que a instituição terá uma nova sede no prazo de três anos, “mais próxima do centro da cidade, para que mais jovens de Setúbal possam frequentar a academia”, atualmente localizada no Bairro das Manteigadas.

Depois de salientar que a atual localização “fica já um pouco fora da cidade”, dificultando o acesso aos alunos, “sobretudo aos mais jovens”, o autarca voltou a manifestar o compromisso da Câmara Municipal. “É um caminho e um projeto com o qual nós nos comprometemos e viemos aqui hoje reafirmar esse compromisso de continuar a trabalhar para a Academia de Dança desenvolver todo o seu projeto em Setúbal”.

André Martins sublinhou que “está concluído” o trabalho de requalificação da atual sede e da criação de uma nova imagem e de melhores “condições de funcionalidade” do espaço, confirmando que “até ao final do mês de outubro será instalado um novo pavilhão, com novas condições e novos espaços para a atividade da dança e que garantirá o desenvolvimento da Academia de Dança e do seu projeto”.

A requalificação de toda a escola implicou pinturas, reparações em portas e janelas, ar condicionado e sanitários, tendo no dia do 40.º aniversário sido inaugurada uma nova imagem, que surpreendeu os alunos, com a sinalética interior remodelada e uma decoração com fotografias.

A ampliação do espaço vai ser feita através da instalação de um novo bloco pré-fabricado com cerca de 300 metros quadrados, que vai incluir dois estúdios de dança, sanitários, vestuários e arrumos.

Por outro lado, o presidente da Câmara disse aos professores, alunos e pais presentes na cerimónia que três anos é “um tempo razoável” para a ADCS ter uma nova sede, porque “primeiro é preciso definir o que fazer, depois aprovar o projeto e por fim construir” o espaço.

“Este executivo tem trabalhado em conjunto com a escola. Sentimos que temos a Câmara Municipal de Setúbal do nosso lado, o que é fundamental para termos mais alunos e maior financiamento”, afirmou a diretora da ADCS, Iolanda Rodrigues, tendo o presidente da autarquia recordado que “sem formação os povos não vão muito além”.

Secundada pela associação de país, Iolanda Rodrigues manifestou preocupação com a questão dos transportes dos alunos, afirmando que “até a organização dos horários tem sido complicada”, principalmente no período da tarde. “Os transportes são fundamentais para termos mais alunos, que é o nosso objetivo principal.”

Em resposta, o presidente da Câmara admitiu que “o melhor que há a fazer é pressionar a empresa” Alsa Todi, que desde 1 de junho opera o serviço da Carris Metropolitana em Setúbal e tem sido muito criticada pelas autarquias e pela população por considerarem que não está a corresponder ao serviço a que se comprometeu quando ganhou o concurso público.

André Martins adiantou que recentemente a Alsa Todi contratou mais 15 motoristas em Portugal e fez chegar outros 25 de Cabo Verde, os quais estarão em formação, pelo que manifestou esperança de que “em breve” a situação esteja normalizada. “Temos de ser otimistas e perseverantes na pressão.”

Fundada em 1982 por Maria Bessa e António Rodrigues, a Academia de Dança Contemporânea de Setúbal foi, como recordou Iolanda Rodrigues, a primeira escola de formação de bailarinos através de ensino articulado em Portugal.

“Há 40 anos que formamos bailarinos profissionais na cidade de Setúbal para o mundo”, sublinhou, adiantando que atualmente a ADCS tem cerca de 60 alunos, repartidos de forma praticamente igual pela escola de iniciação e pela formação de bailarinos no ensino articulado, num curso de oito anos que vai do quinto ao 12.º ano de escolaridade.

Nos quinto e sexto anos, a articulação é feita com a Escola Básica 2,3 Luísa Todi, enquanto entre o sétimo e o décimo segundo ano com a Escola Secundária Sebastião da Gama.