Estaleiro da segunda fase das obras de reforço estrutural da encosta do Forte de São Filipe.

A Câmara Municipal de Setúbal está a realizar a segunda fase das obras de reforço estrutural da encosta do Forte de São Filipe.


A intervenção, num investimento de 4 milhões, 179 mil e 983,98 euros, dá continuidade à salvaguarda e valorização do Forte de São Filipe, classificado como monumento nacional, com a concretização de soluções que garantam a segurança e estabilidade global do local e da encosta.

Na primeira fase da obra de reforço estrutural da encosta do Forte de São Filipe, executada em 2018, foram implementadas soluções para evitar o risco de derrocadas, bem como um conjunto de medidas de caráter cautelar relacionadas com a ocupação ou potencial interferência com certas áreas marginais e destinadas à instalação de estaleiros, zonas de manobra, depósito de terras e exploração de pedreira.

Em face do estado do Forte de São Filipe, da geologia do local, dos resultados obtidos ao longo dos anos nos vários dispositivos de instrumentação e observação instalados e dos condicionamentos existentes na zona de intervenção, foi determinada a necessidade de dar continuidade à previsão de soluções que estabilizem a encosta.

As intervenções a implementar na segunda fase dizem essencialmente respeito, entre outras, à colocação de microestacas e à realização de ancoragens definitivas, que, por serem elementos ativos que acomodam forças de intensidade considerável, promovem a segurança, impedindo que o movimento de instabilidade ocorra.

Em alguns locais terá ainda de ser feita a injeção de caldas e argamassas de cimento no terreno, com o objetivo de preencher vazios existentes e consolidar o solo.

Além da consolidação geral da encosta, as obras contemplam o reforço da estrutura do caneiro e o preenchimento de fendas na muralha do Forte de São Filipe.

A “Intervenção de Natureza Estrutural para evitar derrocadas na encosta do Forte de São Filipe em Setúbal – Fase 2”, adjudicada à empresa DST – Domingos da Silva Teixeira, S.A, tem um prazo de execução máximo de 480 dias.

A obra encontra-se neste momento na fase de instalação do estaleiro, de mobilização de mão de obra, materiais e equipamentos e de aprovação de procedimentos de execução, os quais carecem do parecer de diversas entidades, entre as quais o projetista e o LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

A empreitada tem o suporte de candidatura do POSEUR – Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, cujo financiamento será de 75 por cento, e a comparticipação do Estado em 25 por cento, nos termos constantes de um protocolo firmado entre o município de Setúbal, o Estado Português, a ENATUR – Empresa Nacional de Turismo e o LNEC.