A iniciativa escolar, com ilustrações e textos por alunos de todos os níveis de ensino do estabelecimento escolar setubalense, com idades entre os 14 e os 18 anos, resultou na edição, em maio, de “Orpheu 4”, em homenagem ao centenário da publicação.

A revista “Orpheu”, lançada em 1915, marcou de forma pioneira o modernismo literário e artístico português. A revista trimestral de literatura, destinada a Portugal e ao Brasil, teve apenas duas edições. O terceiro número, que até foi preparado, nunca chegou a ser editado ao público.

No projeto escolar são evocadas, em forma de biografia, algumas das referências literárias ligadas a “Orpheu”, como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Inclui, ainda, textos críticos alusivos à época e uma dissertação sobre o mito de Orfeu, percussor simbólico da poesia.

A publicação elaborada pelos alunos da Escola Secundária D. Manuel Martins, disponível em versão e-book em http://issuu.com/bisblioteca/docs/orpheu_4__2015_, com um total de 176 páginas, inclui poemas feitos pelos jovens estudantes e excertos poéticos de alguns dos colaboradores de “Orpheu”.

A publicação é complementada com trabalhos artísticos visuais, criados a partir de várias técnicas, que integram uma mostra coletiva da Festa da Ilustração, com trabalhos das cinco escolas secundárias do concelho, patente na galeria da Casa da Baía até dia 28. 

A Festa da Ilustração, dinamizada ao longo de junho, com o lema “É preciso fazer um desenho?”, em edição de estreia, traz a Setúbal alguns dos principais ilustradores portugueses, de diferentes gerações, como André Carrilho, João Abel Manta, Maria Keil e Manuel João Vieira, com exposições em vários equipamentos e espaços públicos da cidade.