“Estamos empenhados na dinamização do tecido empresarial do concelho e de toda a região”, sublinhou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, na abertura do encontro “Oportunidades e Potencialidades dos Mercados Árabes”, organizado pela Autarquia e pela CCIAP.

A identificação de oportunidades de investimento em novos mercados externos para as empresas de Setúbal foi um dos principais objetivos da sessão de esclarecimento, a primeira de uma série de encontros a dinamizar na cidade, na qual marcaram presença perto de três dezenas de empresários.

“Temos feito, igualmente, intensos contactos com as várias câmaras de comércio para fornecer informação sobre as nossas capacidades e potencialidades para acolher novos investimentos estrangeiros”, frisou Maria das Dores Meira, destacando a importância da sessão para o desenvolvimento empresarial.

A autarca vincou que o encontro representa “mais um contributo da Câmara Municipal de Setúbal para a criação de uma agenda de desenvolvimento e de geração de negócios que contrarie a agenda exclusivamente orientada para a austeridade que por estes dias tudo orienta”.

Dando continuidade a este esforço municipal, a Autarquia dinamiza, em breve, um outro encontro com a presença de câmaras de comércio de nações como a China, o Japão e os Estados Unidos da América, iniciativa que, neste caso, se realiza na ótica de captação de investimentos para a região de Setúbal.

Maria das Dores Meira agradeceu a colaboração da Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa na realização da sessão de dia 26, enaltecendo a vontade que este organismo tem manifestado de cooperar com os empresários na identificação de oportunidades e soluções.

“Estamos, na verdade, perante uma câmara de comércio de enorme importância, quer pela quantidade de países que representa, quer pelas oportunidades que coloca à nossa disposição”, afirmou. “Somos os primeiros interessados em que o investimento conflua para Setúbal. Queremos mais desenvolvimento, mais trabalho e riqueza.”

O secretário-geral da CCIAP, Allaoua Karim Bouabdellah, entusiasmado pela “quantidade de empresas presentes no encontro”, fez uma breve caracterização da câmara de comércio e dos serviços prestados, apresentando de seguida o potencial dos mercados árabes.

“Estamos a falar de oportunidades reais de expansão de negócios, de planos quinquenais de investimento, que, consoante os países, podem ir até 2014, 2016 ou 2020”, adiantou Allaoua Karim Bouabdellah, lançando alguns dados atrativos aos empresários presentes na iniciativa.

“Os mercados árabes representam um total de 400 milhões de consumidores com um poder de aquisição de 350 mil milhões de dólares”, reforçou o secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, afirmando que o mundo árabe “tem um carinho muito especial pelos portugueses”.

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Argélia e Qatar são alguns dos países que Allaoua Karim Bouabdellah destacou para a realização de investimento. “O Qatar, por exemplo, por ter assegurado a realização do Mundial de Futebol de 2020, representa uma oportunidade de negócio extraordinária.”

Fundada em 1977, a Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa é reconhecida oficialmente pela Liga dos Estados Árabes, pela União Geral das Câmaras de Comércio, Indústria e Agricultura dos Países Árabes e pelo Conselho Económico e Social, representando as 22 federações das câmaras de comércio árabes.

Arábia Saudita, Argélia, Bahrain, Qatar, Comores, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Palestina, Síria, Somália, Sudão e Tunísia são as nações representadas pelo CCIAP, incluindo a totalidade das 174 câmaras de comércio e indústria, agricultura e serviços em toda a zona geográfica árabe.

A promoção de relações económicas e culturais entre Portugal e os países árabes representados pela Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa é uma das principais funções daquele organismo com 35 anos de existência, que assume um relevo cada vez maior na esfera de internacionalização da economia portuguesa.