Festival "A Colina" | Edição Piloto | Simão Simões

As artes emergentes, conceptualmente disruptivas e inovadoras, ganharam nova dinâmica em Setúbal, entre os dias 28 e 30, com a edição piloto do festival “A Colina”.


Centenas de pessoas marcaram presença nos vários eventos de manifestação artística que compuseram o programa inaugural, e experimental, do certame e para o qual se espera que o ano de 2020 registe a edição número um.

A iniciativa, organizada em estreita parceria pela Câmara Municipal de Setúbal e o Coletivo Colinas, contou com os contributos de artistas de renome, como Malibu e Panda Bear, este último, nome artístico de Noah Lennox, membro fundador dos Animal Collective.

Mónica Duarte, chefe da Divisão de Cultura da autarquia, destaca que “A Colina” surpreendeu a vários níveis, nomeadamente na adesão do público. “Não foi um festival pensado para as massas, mas foi extremamente significativa a afluência de gente aos vários espetáculos do programa.”

O festival, destinado a dar voz e espaço a manifestações artísticas vistas como menos comerciais, sublinha Mónica Duarte, tem o mérito de dar resposta ao dinamismo demonstrado no concelho de Setúbal por várias associações dedicadas a artes emergentes, caso do Coletivo Colina.

O certame dá também protagonismo a locais alternativos ou tradicionais da cidade para o acolhimento de concertos, exposições ou instalações. “A Colina” realizou-se na sede da Sociedade Musical Capricho Setubalense, coletividade centenária sadina, bem como na Casa da Cultura e, em especial, nas instalações Armazéns Papéis do Sado, renomeadas, para o festival, Forte de Papel e espaço que a Câmara Municipal quer revitalizar e devolver à vida urbana local.