O tempo é ocupado de forma ativa, com propostas gratuitas para todos os gostos e idades, que proporcionam atividades para crianças e jovens entre os 6 e os 18 anos, em espaços públicos e instalações associativas.

As atividades ao ar livre, como a vela e a canoagem, são as oficinas mais procuradas na 19.ª edição dos ateliers, em que também há natação e outras modalidades desportivas, a par dos direcionados para a música, o teatro, a informática, as artes plásticas e a dança.

A chegada dos Ateliers de Verão é um momento especial para muitas crianças e jovens. Em vez de ficarem em casa, os mais novos ocupam o período de férias letivas nestas atividades, em que a timidez é quebrada no contacto com o monitor e com os colegas de férias e a descontração apodera-se das crianças e jovens durante algumas horas.

A cozinha do Centro de Cidadania Activa é invadida pela Oficina de Máscaras, três vezes por semana, até dia 15. Um grupo de nove crianças entretém-se a pintar máscaras que elaboraram com gesso e que “depois pintam ao seu gosto com purpurinas, por exemplo”, refere a monitora.

Na Oficina de Máscaras as raparigas estão em vantagem. “Elas querem mandar”, comenta Pedro, 16 anos, que, além de estar inscrito nesta oficina, é também professor de xadrez no Centro de Cidadania Activa. “Ah… e querem que coloquemos brilhantes”, atira Gabriel, 9 anos, acrescentando, com um sorriso brincalhão, “elas devem pensar que somos meninas”.

A mesa da cozinha forrada com folhas de jornais é preenchida com muitas tintas, colas, pincéis. Aqui não se dá importância à sujidade, porque “o objetivo do atelier é que as crianças contactem com as tintas e com os materiais”, refere a monitora, adiantando que “o fundamental é serem criativas”.

Noutro espaço, na EB1 dos Pinheirinhos, os materiais já são outros. Os participantes no grupo da atividade de acessórios de moda divertem-se a cortar t-shirts e a pintar pequenos bocados de plástico de garrafas de água para, posteriormente, os utilizarem como brincos para oferecerem às mães.

Alicates, tesouras, tintas, papel de raio-x, garrafas de água, tecidos, são materiais utilizados como reciclagem.

“Não queria passar as férias ligada ao computador”, refere Filipa, 15 anos, que participa também nos ateliers de artes decorativas e de canoagem.

Estes dois grupos, e os de outras oficinas, hão de exibir os seus trabalhos na festa de encerramento dos Ateliers de Verão, a 31, no Auditório José Afonso.

A elaboração do programa da 19.ª edição dos Ateliers de Verão teve em consideração diversas áreas de interesse dos participantes e as respetivas faixas etárias.

As ações propostas ao longo das seis semanas desta edição vão do ténis às artes plásticas, da vela à música, entre muitas outras possibilidades.

Estão ainda previstas atividades pontuais como triatlo, esgrima, elaboração de origamis e uma visita à Fábrica da Felicidade, da Coca-Cola.