O projeto GENMOB – Programa Desenvolvimento de Instrumentos e Métodos Promotores de Igualdade de Género ao Nível Local, do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, do Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, com a colaboração da norueguesa Noroff University College, consiste no registo da atividade de pessoas quando se encontram fora do trabalho.

Através de uma aplicação em smartphone ou de um personal tracker, dispositivo eletrónico que permite transmitir coordenadas GPS de elevada precisão a intervalos regulares, a atividade dos 11 voluntários da autarquia que se candidataram a participar no projeto foi contabilizada durante um dia.

“Ir às compras, buscar os filhos à escola ou infantário, praticar atividades físicas ou tratar de familiares em casa foram algumas das atividades que contabilizámos ao longo de 24 horas”, adianta Fábio Rodrigues, do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território.

O projeto GENMOB, financiado pelo Programa PT07 – Integração da Igualdade de Género e Promoção do Equilíbrio entre o Trabalho e a Vida Privada, operado pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, foi implementado em mais 12 autarquias e em empresas privadas e organizações não-governamentais.

Com esta iniciativa, é possível obter informação precisa sobre diferenças de género nos padrões de mobilidade e nos usos do tempo diário, “formulando indicadores de apoio à definição de políticas explícitas e adaptadas ao mercado de trabalho e à conciliação da atividade profissional com a vida familiar e pessoal”.

Após a recolha dos dados, o grupo de investigadores do GENMOB procede à análise estatística dos padrões e tendência de cada participante e edita um vídeo infográfico com os resultados.

 

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