Setúbal Composto Tem + Valor - instalação de novos contentores

O serviço de recolha de proximidade de resíduos orgânicos no município de Setúbal, no âmbito de um projeto inovador desencadeado pela Câmara Municipal com vista à sustentabilidade ambiental, foi alargado a mais zonas do concelho.


Este serviço, que reforça o compromisso municipal na esfera da proteção ambiental e na promoção da eficiência de recursos no contexto dos princípios da economia circular, é concretizado através do projeto “Setúbal Composto Tem + Valor”, em desenvolvimento no território setubalense desde 2021.

A terceira fase do projeto, agora iniciada, permite que este serviço de recolha de proximidade de biorresíduos chegue a novas zonas habitacionais do território, concretamente na União das Freguesias de Setúbal e na Freguesia de Azeitão, para servir 6.475 habitações e 15.141 habitantes.

Em Azeitão, o serviço passa a estar disponível nas zonas de Pinhal de Negreiros e da Brejoeira, assim como na Praceta Fernando Lopes Graça, enquanto em Setúbal a rede de recolha chega agora ao Bairro do Liceu e às zonas das da Amoreiras e do Quadrado, Urbisado, Vanicelos e Várzea.

Para isso, a Câmara Municipal de Setúbal está a instalar na via pública, nos atuais pontos de recolha de recolha de resíduos sólidos urbanos indiferenciados, mais de quatro dezenas de novos contentores semienterrados para deposição exclusiva de biorresíduos, com três mil litros de capacidade.

Estes contentores estão equipados com um sistema de controlo de acesso por cartão o que permite registar a quantidade de biorresíduos depositados e, sobretudo, impedir a deposição indevida de resíduos sólidos urbanos indiferenciados nos novos contentores destinados apenas a resíduos orgânicos.

A instalação destes 42 novos equipamentos de deposição integrados na terceira fase do projeto, a qual ficou concluída no final da semana passada, sendo que em casos pontuais, a Câmara Municipal de Setúbal vai ainda executar pequenas intervenções para melhor integrar estes equipamentos na malha urbana.

A vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, que tem o pelouro do Ambiente, refere que o “Setúbal Composto Tem + Valor” é um projeto que se reveste de particular importância para a sustentabilidade ambiental e que promove a valorização económica de resíduos.

“Com este projeto fazemos uma recolha seletiva de orgânicos, os quais constituem uma parte muito importante de resíduos que vão para o indiferenciado, o que significa que, sem separação, vão para aterro. O objetivo é desviá-los deste destino e valorizá-los, transformando-os num produto orgânico que possa ser usado.”

A autarca afirma que este compromisso ambiental assumido pelo município setubalense é traduzido num elevado benefício ambiental, na medida em que “pode vir a resultar numa redução em cerca de 35 por cento de resíduos que vão para aterro” sem qualquer tipo de valorização.

Carla Guerreiro destaca ainda que, com a instalação de todos os contentores de recolha coletiva de proximidade de resíduos orgânicos, aliada à valência de recolha porta a porta, “o território de Setúbal fica coberto em cerca de 70 por cento com este serviço, o que permite que todos os munícipes possam contribuir para um melhor ambiente”.

Além dos contentores públicos, foi também instalado um equipamento de compostagem comunitário no Viveiro das Amoreiras, cujo composto produzido pode ser utilizado pelos proprietários de hortas urbanas existentes naquela área da cidade e munícipes aderentes do “Setúbal Composto Tem + Valor”, destinando-se igualmente à realização de ações de sensibilização e promoção da compostagem junto de públicos-alvo diversificados, desde escolas a residentes.

No âmbito desta nova fase do “Setúbal Composto Tem + Valor”, a autarquia vai avançar em breve com uma ação de sensibilização porta a porta, com agentes devidamente identificados, para esclarecimento de dúvidas e entrega de cartões de acesso aos contentores e contentores de 20 litros aos munícipes aderentes da iniciativa.

Os munícipes interessados em aderir ao projeto, desde que abrangidos pelas áreas de intervenção definidas, devem fazer o pedido pelos contactos telefónico 265 220 230 e de correio eletrónico setubalcomposto@mun-setubal.pt, e ainda, nos contactos diretos com técnicos especializados efetuados porta a porta.

O “Setúbal Composto Tem + Valor”, resultante da aprovação de três candidaturas do município a fundos comunitários, no âmbito do PO SEUR, e é um projeto que antecipa a obrigatoriedade de Portugal assegurar a separação e reciclagem na origem ou na recolha seletiva deste tipo de resíduos.

Os resíduos orgânicos, ou biorresíduos, produzidos diariamente pela população na preparação de alimentos para confecionar uma refeição ou resultantes de restos de comida que são descartados compõem cerca de 40 por cento do volume depositado no caixote de lixo de uma família.

A partir de 31 de dezembro de 2023, a separação na origem e reciclagem de biorresíduos passa a ser obrigatória em todo o território nacional, medida impulsionada com o objetivo de transformar este tipo de resíduos em composto, contribuindo para atingir as metas comunitárias e do país.

Este novo procedimento de separação de biorresíduos resulta num conjunto de benefícios globais, concretamente a diminuição do espaço ocupado em aterros, o aproveitamento de recursos para a produção de adubo e energia e a redução da emissão de gases com efeito de estufa.

O conceito de biorresíduos ou resíduos orgânicos inclui, para efeitos de separação, a entrega de restos de preparação e confeção de refeições, sobras de alimentos, restos de produtos frescos não embalados, tais como legumes, frutas, carne e peixe, pão e bolos, borras de café, saquetas de chá e toalhas e guardanapos de papel.

A rede de recolha de proximidade de resíduos orgânicos no concelho, resultado da implementação das três fases do projeto “Setúbal Composto Tem + Valor, compreende atualmente um total de 81 contentores instalados na via pública. Mais informações nesta ligação.