Bolsas de Criação Artística | Júri | Cláudia Galhós

CLÁUDIA GALHÓS

Jornalista, especialista em artes performativas e escritora.

Nasceu em Lisboa, em 1972, e foi viver para Setúbal com um ano. Ali fez parte do Coral Infantil de Setúbal, da direção do Clube de Montanhismo da Arrábida. Foi naquela cidade que se iniciou no jornalismo, primeiro numa rádio pirata (em 1987) e depois a fazer noticiários na Rádio Voz de Setúbal (1989 e 1991). Entretanto, foi estudar Comunicação Social para Lisboa, estagiou na Antena 1 da RDP e depois seguiram-se outras rádios até chegar aos jornais.

Escreve sobre cultura em geral, artes performativas e dança em particular para jornais desde 1994, em publicações como BLITZ, O Independente, Público, Jornal de Letras, NetParque (portal de cultura do Parque das Nações), Diário Económico, Dance Europe, Mouvement, Visão, entre outros. Escreve sobre artes performativas para o semanário Expresso desde 2005. Para a televisão, foi editora do magazine cultural semanal sobre cultura “AGORA”, da RTP2 (2012-2014); editora do magazine semanal de artes performativas “Palcos AGORA” (2015 na RTP2) e editora do suplemento semanal «Artes de Palco», do programa «Magazine», da 2: da RTP (de 2004 a 2006). Na rádio, entre 2001 e 2003, teve um programa semanal de entrevistas na rádio Voxx.

É autora dos livros de ficção: «Sensualistas» (2001); «Conto de Verão» (2002); «O Tempo das Cerejas» (2007), todos pela editora Oficina do Livro/Leya. Tem diversos contos publicados em coletâneas em Portugal e no estrangeiro, e textos sobre teatro e dança em publicações estrangeiras, alguns apresentados em conferências internacionais.

Fez documentação de seminários, festivais e programas de experimentação e residência artística, como o Colina – Colaboration In Arts, de Rui Horta (que aconteceu no Convento da Saudação, O Espaço do Tempo, em 2003 e 2004), TryAngle – Performing Arts Research Laboratories (2012, projeto europeu liderado por O Espaço do Tempo, de Rui Horta) ou o MOV-S (espaço de intercâmbio internacional de dança e das artes do movimento espanhol, com caráter itinerante, em Barcelona, 2007, Galiza, 2009, e Madrid, 2011), a título de exemplo… Foi, entre 2005 e 2006, observadora/consultora da rede Íris (rede de programadores de Itália, França, Espanha e Portugal).

Foi consultora da coleção de livros «Dança e Pensamento» editada a partir de 2009 em Espanha, traduzida para galego, castelhano e catalão, resultante da colaboração entre o Mercat de les Flors (Barcelona), o Centro Coreográfico Galego (Galiza) e a Universidade de Alcalá (Madrid). No âmbito desta, publicou em 2009 o ensaio «Unidades de sensação» na coletânea «Arquitecturas do olhar».

Na área da cultura em geral e dança em particular, publicou o livro «Corpo de Cordas – 10 anos de Companhia Paulo Ribeiro», uma história biográfica de uma vida ligada à dança, pela Assírio & Alvim (2006) e o ensaio biográfico «Pina Bausch – Sentir Mais», pela Don Quixote (2010), “There is nothing that is beyond yoyr imagination” (2015, no âmbito da rede europeia “Imagine 2020 – Art and Climate Change”, que reúne 10 teatros europeus, liderada pelo Kaaitheater, em Bruxelas), “15 anos do Espaço do Tempo” (2016, Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo, de Rui Horta). Foi a escritora principal do livro “TryAngle – Performing Arts Research Laboratories” (2013) – a publicação resultou do programa europeu com o mesmo nome, residências artísticas experimentais que aconteceram em três cidades da Europa: O Espaço do Tempo (Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo, de Rui Horta, líder do projeto), Les Bernardines (em Marselha, França) e Tanzhaus nrw (em Düsseldorf, Alemanha).