Caleidoscópio | Créditos de Helena Tomás

O universo criativo e surrealista do pintor e poeta Artur Cruzeiro Seixas inspirou uma performance que, nos dias 18 e 20, o Teatro Estúdio Fontenova apresentou na Casa da Cultura.


Foi a partir da obra do último representante do surrealismo português que a companhia de Setúbal construiu “Caleidoscópio e os Dias de Fugas Herméticas”, uma criação diferente do habitual, ligada à palavra, à manipulação de objetos, ao som e à multimédia.

A performance, produzida por Graziela Dias, fez-se através da instalação de três caixas, através das quais o público pôde espreitar os universos de Cruzeiro Seixas numa criação de Leonardo Silva, Paula Moita e Patrícia Pereira Paixão, igualmente responsáveis pela interpretação e construção cénica e imagem.

“Caleidoscópio e os Dias de Fugas Herméticas” foi composto por sessões de dez minutos na noite de dia 18 e na manhã de 20, no Salão Nobre da Casa da Cultura.

Nascido a 3 de dezembro de 1920 e falecido a 8 de novembro de 2020, Artur Manuel Rodrigues do Cruzeiro Seixas era o último representante do movimento surrealista português do final dos anos 40, que incluiu ainda nomes como Mário Cesariny, António Maria Lisboa e Mário-Henrique Leiria.

A sua obra de pintura está representada em coleções como as do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Cupertino de Miranda.