Visitas do Executivo Municipal às Escolas - EB 2,3 de Aranguez

A necessidade de a EB 2,3 de Aranguez ser requalificada de imediato foi defendida a 19 de outubro pela vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, em visita ao estabelecimento de ensino.


“A escola está em muito mau estado e necessita de uma intervenção muito urgente. Vamos questionar o Governo para perceber quais foram os critérios aplicados para que esta escola não esteja classificada como muito urgente na lista de prioridades para requalificação, tendo em conta a existência de problemas de infiltração graves.”

Numa visita guiada pela diretora do Agrupamento de Escolas Sebastião da Gama, Fernanda Oliveira, e pela coordenadora da EB 2,3 de Aranguez, Vânia Torres, a vice-presidente da Câmara Municipal, acompanhada do presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa, constatou que as condições do estabelecimento de ensino se deterioram nos últimos tempos.

“É uma escola com 40 anos que teve intervenções muito pontuais. Há problemas na cobertura que por não terem sido resolvidos no tempo certo agravaram as condições no interior do edifício. Agora está à vista de todos que a escola precisa de uma requalificação geral mais profunda”, defendeu Carla Guerreiro.

A EB 2,3 de Aranguez foi colocada, em 2019, numa lista elaborada pelo Ministério da Educação na qual era considerada uma escola para requalificação prioritária.

No entanto, “nada foi feito desde então” e este ano quando o Governo elaborou novas listas, resultantes de um acordo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses no âmbito das transferências de competências, a autarquia sadina exigiu a colocação desta e de outras três escolas nas prioridades de intervenção.

Nesta lista, diferente da que foi realizada em 2019, surgem quatro escolas do concelho. A Escola Secundária du Bocage está indicada para uma intervenção muito urgente e as escolas básicas 2,3 de Aranguez, Barbosa du Bocage e de Azeitão encontram-se na lista das prioridades urgentes.

“Do nosso ponto de vista, a Aranguez precisa de uma classificação de ‘muito urgente’ e queremos saber porque é que isso não aconteceu. Antes de a transferência de competências se efetivar, já conhecíamos os problemas aqui existentes, mas a questão das infiltrações agravou-se bastante nos últimos meses.”

Salas onde chove no interior, incluindo o refeitório e a biblioteca, alguidares e baldes espalhados por vários locais a amparar a água que cai do teto e pisos danificados é o cenário visível num dos blocos do edifício, onde uma das salas de aula teve mesmo de ser encerrada por falta de condições devido aos danos provocados pelas infiltrações no chão.

“Comprometemo-nos em tomar algumas medidas dentro daquilo que é o nosso âmbito de trabalho para melhorar as condições do dia a dia desta comunidade. Mas isto não vai resolver os problemas. É necessária uma intervenção de fundo.”

A visita à EB 2,3 de Aranguez encerrou o périplo pelas escolas da freguesia de São Sebastião, no âmbito de uma iniciativa que contempla uma ronda por todas as escolas do concelho de modo a aferir as condições em que se iniciou o ano letivo.

Entre os dias 10 e 13 de outubro, foram visitadas nesta freguesia a Escola Básica e Secundária Ordem de Sant’Iago e a Escola Básica da Bela Vista, no dia 10, as escolas básicas da Fonte do Lavra, do Peixe Frito, das Manteigadas e do Bairro da Conceição e a Escola Secundária D. Manuel Martins, no dia 13.

No dia 19, antes da EB 2,3 de Aranguez, foram visitadas as escolas básicas da Azeda e das Areias.

“O balanço é diferente tendo em conta a situação de cada uma das escolas. Nas escolas do 1.º ciclo e do pré-escolar as principais questões abordadas são relativas ao espaço exterior. Nas EB 2,3 e secundárias relacionam-se, por exemplo, com necessidade de pinturas ou da falta de pavilhões gimnodesportivos, como é o caso da D. Manuel Martins.”

Já o presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa, sublinhou a importância do trabalho realizado no âmbito da transferência de competências da Câmara Municipal.

“As questões que têm aparecido nas escolas que já eram de gestão municipal e onde há um trabalho continuado ao longo dos últimos anos estão, essencialmente, relacionadas com novas perspetivas que temos de ter ao nível dos espaços de recreio. As questões de manutenção dos edifícios estão tratadas e resolvidas”, concluiu.