Passagem de gestão do Convento de Jesus para a Câmara Municipal de Setúbal

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal assinou no dia 15 o auto de transferência da gestão do Convento de Jesus do Estado para a autarquia em cerimónia realizada em Castelo Branco.


O documento foi assinado na presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca, e da ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão.

André Martins salienta que se concretiza assim a “transferência formal da gestão deste importante monumento para a Câmara Municipal embora, na prática, seja a autarquia que, há muitos anos, cuida deste património histórico”.

O autarca recorda que foi a Câmara Municipal que decidiu “avançar para profundas obras de requalificação do monumento, antecipando-se e substituindo-se ao Estado central”.

A aceitação do monumento, acrescenta, “é a mais cabal evidência da disponibilidade do município de Setúbal para receber novas transferências de competências, mas nunca abdicando de tudo fazer para garantir que a novas competências corresponda também a transferência dos adequados meios financeiros para as desempenhar”.

O Convento de Jesus, onde funciona o Museu de Setúbal, tem sido alvo de profundos trabalhos de requalificação, encontrando-se, atualmente, na terceira e fase das intervenções promovidas pela Câmara Municipal, com a comparticipação de fundos europeus, no valor total de perto de nove milhões de euros.

A derradeira etapa da recuperação do principal monumento de Setúbal centra-se nas salas expositivas localizadas nas alas norte e nascente, que incluem os projetos de conservação e restauro, museografia e iluminação museológica.

As duas fases anteriores envolveram a recuperação estrutural de todo o convento, com execução da cobertura e restauro das alas poente e nascente, assim como requalificação e abertura ao público das salas do Coro Alto e do Capítulo, a par dos Claustros e Deambulatório.

A Igreja de Jesus foi igualmente recuperada, enquanto o Largo de Jesus foi totalmente renovado com amplas zonas de relvado e plantação de árvores, o que permite o usufruto pela população.