A autarquia setubalense apresentou na reunião pública, realizada na Escola Secundária du Bocage, ideias para a beneficiação geral da praceta, muito utilizada, além dos moradores locais, pelos encarregados de educação que vão deixar e buscar os alunos àquele estabelecimento de ensino.

A Praceta Manuel Nunes de Almeida foi sinalizada pela Câmara Municipal como uma área a necessitar de intervenção na sequência das visitas realizadas no âmbito do projeto “Ouvir a População, Construir o Futuro”, desenvolvido em todo o concelho e, nesta área específica, em parceria com a União das Freguesias de Setúbal.

O estacionamento desorganizado, a segurança pedonal e a fluidez do trânsito nos períodos em que os pais deixam ou vão buscar os filhos à escola secundária levantam vários constrangimentos a todos os que utilizam a praceta, afetada ainda, embora mais esporadicamente, pela elevada procura de estacionamento em dias de jogos do Vitória Futebol de Clube no Estádio do Bonfim.

Na reunião pública de ontem à noite, que praticamente encheu o Auditório José Saramago da Escola Secundária du Bocage, a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, acompanhada do vereador da Obras Municipais, Carlos Rabaçal, do presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, e de técnicos camarários, apresentou à população um primeiro esboço da requalificação da praceta.

“Isto hoje não passa de uma proposta. Se virem alguma coisa de que não gostem, com a qual não concordem, indiquem. Se for a voz da maioria, serão feitas as alterações que entenderem. É que uma coisa é fazerem-se projetos no papel e outra é viver com esses projetos. Por isso, a vossa opinião conta tanto para a Câmara Municipal, porque o trabalho é feito para servir a população”, sublinhou a autarca no início do plenário.

O esquema apresentado, além de ampliar os espaços verdes e de manter o número de lugares de parqueamento, tentou uma nova abordagem organizacional da fluidez do trânsito rodoviário, fragilizada nas horas de ponta causadas pelas largadas de passageiros que se verificam em função das rotinas da comunidade escolar.

Da discussão pública resultou a decisão de integrar alguns dos aspetos apontados pela população. “Não viemos impor nada a ninguém. Entrámos aqui com um ‘pacote’ e saímos com outro. Isto não está resolvido, mas estamos no caminho certo para que a situação melhore”, garantiu Maria das Dores Meira no final da reunião.

Um dos resultados da reunião pública foi a criação de um grupo de trabalho especial constituído por 11 moradores da Praceta Manuel Nunes de Almeida que se voluntariaram para colaborar com a autarquia.

O grupo vai estabelecer uma ponte de ligação para a transmissão das diferentes necessidades identificadas pelos moradores da praceta e os técnicos municipais que vão elaborar o projeto de beneficiação do local.