Em declaração proferida na reunião pública ordinária da Autarquia, Maria das Dores Meira considera, assim, “disparatadas e politicamente obscenas” as acusações do PSD local sobre a política de gestão de recursos humanos conduzida pela edilidade, em concreto quanto à “entrada anómala e apressada de recursos humanos para áreas não essenciais”.

A presidente do Município sadino sublinha que o quadro de pessoal da Autarquia “tem hoje menos 103 funcionários do que em 2002, ano em que a CDU iniciou os seus mandatos na Câmara Municipal de Setúbal”.

O total de 1456 funcionários que existem atualmente contrasta com os 1559 verificados em 2002, sendo que “estes números incluem pessoal nomeado em comissão de serviço ou regime de substituição, sem vínculo à Câmara, pessoal nomeado em comissão de serviço ou regime de substituição com contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, pessoal nomeado por tempo indeterminado, pessoal a termo resolutivo certo, 15 contratos de prestação de serviços, pessoal requisitado e pessoal incluído em processos de mobilidade”.

Na declaração proferida na reunião pública ordinária realizada no dia 22, Maria das Dores Meira frisa também que, desde 2002, saíram 479 trabalhadores e destaca que “entraram nos quadros mais de cinquenta auxiliares de ação educativa”, cuja admissão não era obrigatória, mas que o Executivo considerou “essenciais para o bom funcionamento das escolas e segurança das crianças, já que o Governo pouca atenção dá a estes detalhes”.

A presidente da Câmara de Setúbal realça igualmente a contratação de mais cinquenta trabalhadores para a higiene e limpeza, numa medida que possibilitou a Autarquia reduzir a despesa com os serviços de higiene urbana em cerca de um milhão de euros.

Independentemente da política de “redução sustentada de pessoal na Câmara de Setúbal nestes dez anos de gestão CDU, o importante é realçar que a Autarquia, numa política responsável e de promoção do emprego, fez tudo para garantir a regularização de dezenas de situações de trabalhadores em condições precárias, muitos deles herdados de mandatos anteriores”.

Maria das Dores Meira enfatiza que, apesar do cenário de redução do quadro de pessoal, a Câmara Municipal “tem hoje mais competências, mais responsabilidades, mais deveres”, concluindo que o Município “faz muito mais, com muito menos”.