Com pontos de partida na Praia da Saúde e na Junta de Freguesia de S. Sebastião, às 10h30, a marcha juntou muitos setubalenses, homens e mulheres, em direção ao Jardim de Palhais, no centro da cidade.

A caminhada, promovida pelo Movimento Democrático de Mulheres, com o apoio da Câmara Municipal, da União das freguesias de Setúbal, da Junta de Freguesia de São Sebastião e da Associação de Atletismo Lebres do Sado, que acontece pelo terceiro ano consecutivo, serviu para alertar a sociedade para os problemas e as desigualdades que afetam as mulheres em pleno século XXI.

A vereadora da Câmara Municipal de Setúbal Carla Guerreiro reforçou a importância da comemoração deste dia e prestou homenagem a todas as mulheres que lutaram para conseguirem ver consagrados os seus direitos. A autarca mencionou problemas atuais como a discriminação no trabalho, as desigualdades salariais e a violência doméstica.

Os participantes, entre os quais um representante da República Árabe Saharaui Democrática, relembraram, através de uma ação de solidariedade, no Jardim de Palhais, que incluiu a plantação de uma oliveira, as mulheres do Sahara Ocidental, muitas delas a viver em campos de refugiados há quarenta anos.

Sandra Benfica, do Movimento Democrático de Mulheres, abordou a ligação que esta instituição tem com a luta das mulheres saharauis, forçadas a viver num estado ocupado, onde são frequentes as violações dos direitos humanos.

O presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa, aproveitou para defender a importância do estado social, em particular numa altura em que as famílias são confrontadas com a falta de emprego e com a degradação das condições de vida.