CASA DAS QUATRO CABEÇAS

Imóvel de Interesse Municipal
Séc. XV

Salientam-se no respetivo cunhai, sob a imposta de pedra que separa o rés do chão do piso superior, três cabeças esculpidas.

A maior apresenta-se como que sublinhada por um listel no qual está a seguinte inscrição latina: “ESPER ATHE DEO” [Espero em Deus].

No dintel da porta com o número de polícia 44 da Rua Fran Pacheco está outra cabeça com inscrição, igualmente em latim medieval: “SI DEUS PRO NOBIS QUIS CONTRA NOS” [Se Deus está connosco, quem poderá ser contra nós].

O conjunto escultórico de interpretação controversa vem ligado, tradicionalmente, à tentativa de assassinato de D. João II (rei entre 1481 e 1495), quando este caminhava na procissão do Corpus Christi, a 22 de agosto de 1484.

O atentado fora urdido por seu cunhado D. Diogo, Duque de Viseu, o qual, após descoberto, foi morto pelo próprio monarca.