O ato de homenagem aos sete mil militares portugueses falecidos durante o conflito mundial, que decorreu entre 1914 e 1918, foi presidido pelo vice-presidente da Câmara Municipal, Manuel Pisco, e contou com a presença de representantes de diversas entidades e populares.

Na cerimónia, organizada pelo Núcleo de Setúbal da Liga dos Combatentes e que incluiu a deposição de flores no monumento, o autarca alertou que o armistício, que entrou em vigor a 11 de novembro de 1918, alimentou a esperança de que as guerras iriam parar, algo que o tempo provou estar errado, já que, “vinte anos depois, aconteceu a II Guerra Mundial” e “os conflitos no mundo não pararam”, lamentou Manuel Pisco.

Manuel Pisco lembrou que “pelo meio dos conflitos estão sempre os combatentes de cada nação a quem se devem todas as homenagens”, como a que se realizou dia 17, pois “eles dão ao combate o melhor de si e, muitas vezes, as suas próprias vidas”.

A cerimónia desta manhã contou com os toques militares de silêncio, homenagem aos mortos e alvorada, intermediados de um minuto de silêncio, cabendo as honras militares a um pelotão do Regimento de Artilharia n.º 5 do Exército, de Vendas Novas.

Além de ex-combatentes e familiares, o evento contou, igualmente, com a presença do presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, e de representantes da PSP, GNR, Associação de Deficientes das Forças Armadas, Capitania do Porto de Setúbal, Clube Militar de Oficiais e Associação de Paraquedistas de Setúbal.

Portugal participou na Grande Guerra com um contingente de 107 mil homens, dos quais sete mil foram mortos em combate e cerca de nove mil ficaram feridos ou inválidos.

O Regimento de Infantaria n.º 11, localizado em Setúbal, registou um total de 54 baixas nos conflitos em que esteve envolvido em França e em Moçambique, durante a guerra de 1914-1918.