A exibição de cópias digitais restauradas das sete longa-metragens realizadas pelo russo Andrei Tarkovsky compõe o ciclo “Andrei Tarkovsky, O Visionário”, com sessões diárias entre 11 e 17 de agosto no Cinema Charlot – Auditório Municipal, às 21h30.


“Stalker”, “Andrei Rublev”, “Nostalgia”, “O Espelho”, “Solaris”, “O Sacrifício” e “A Infância de Ivan” são, por esta ordem de exibição, os filmes que integram o ciclo dedicado a um dos mais importantes realizadores da história do cinema, que criou uma linguagem própria e tem influenciado várias gerações de cineastas.

Multipremiado ao longo da carreira, Andrei Tarkovsky, que nasceu na cidade russa de Zavrazhye em 4 de abril de 1932 e morreu em Paris, França, em 29 de dezembro de 1986, aos 54 anos, realizou um total de sete longas-metragens entre 1962 e 1986, todas no género de drama, e ainda a média-metragem “O Rolo Compressor e o Violino”, que foi o seu primeiro filme, em 1960.

O ciclo “Andrei Tarkovsky, O Visionário” começa no dia 11 com a exibição de “Stalker, um filme de 1979 com Alisa Freyndlikh, Aleksandr Kaydanovskiy, Anatoliy Solonitsyn e Nikolay Grinko, que conta a história de um escritor e um professor que procuram um quarto na “Zona Proibida” onde seriam realizados os mais íntimos desejos, sendo guiados por Stalker, que tem tanto de idiota como de pregador de uma nova fé.

No dia seguinte passa “Andrei Rublev”, de 1966 e com Anatoliy Solonitsyn, Ivan Lapikov, Nikolay Grinko e Nikolay Sergeev, que conta a vida do maior pintor iconográfico russo, passada numa Rússia do século XV marcada por lutas sem fim.

Em 13 de agosto é exibido “Nostalgia”, um filme de 1983 com Oleg Yankovskiy, Erland Josephson, Domiziana Giordano e Patrizia Terreno, que retrata um infeliz poeta russo em busca do seu passado cultural em Itália, onde encontra um velho supostamente louco que o faz entender as razões da sua nostalgia.

“O Espelho”, com Margarita Terekhova, Oleg Yankovskiy, Filipp Yankovskiy e Ignat Daniltsev, um filme de 1974 em que um homem moribundo aos 40 anos recorda o passado, da sua infância a aspetos da história da Rússia moderna, faz o cartaz do dia 14.

Segue-se, a 15, “Solaris”, um filme de 1972 com Natalya Bondarchuk, Donatas Banionis, Jüri Järvet e Vladislav Dvorzhetskiy, que retrata os comportamentos estranhos dos tripulantes da estação espacial Solaris.

O ciclo termina com a exibição do último e do primeiro filme realizados por Andrei Tardovsky, “O Sacrifício”, de 1986 e com Erland Josephson, Susan Fleetwood, Allan Edwall e Guðrún S. Gísladóttir, e “A Infância de Ivan”, de 1962 e interpretado por Nikolay Burlyaev, Valentin Zubkov, Evgeniy Zharikov e Stepan Krylov, que passam a 16 e 17 de agosto, respetivamente.

Em “O Sacrifício” o autor russo debruça-se sobre a falta de espiritualidade no momento em que irrompe a Terceira Guerra Mundial, enquanto “A Infância de Ivan” conta a história de um jovem que, após perder os pais na II Guerra Mundial, serve o exército soviético como batedor na retaguarda das linhas alemãs e acaba por se tornar amigo de três oficiais soviéticos.

Os bilhetes, que podem ser adquiridos no Cinema Charlot das 14h30 às 18h30 e das 20h30 às 22h00 e na bilheteira online BOL, têm o preço de 4,50 euros, sendo de 3,50 para maiores de 65 anos, estudantes com idade até 25 anos e portadores de cartão jovem ou de cartão jovem municipal, enquanto os residentes em lares de terceira idade e os reformados da Câmara Municipal de Setúbal têm entrada gratuita.