As celebrações, organizadas pela Câmara Municipal, pela Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, pela Vigararia de Setúbal e pelo Instituto Politécnico de Setúbal, começam com uma missa, às 09h00, na Igreja de S. Julião, pelo bispo D. Gilberto Canavarro dos Reis.

Uma hora depois decorre a cerimónia evocativa junto da estátua do patrono de Setúbal, enquanto de tarde, das 15h00 às 17h00, há uma visita guiada ao Convento de S. Francisco Xavier, localizado no Palácio Fryxell.

Às 18h00, nos Claustros do Instituto Politécnico de Setúbal, é lançada a obra “De Colégio de S. Francisco Xavier a Palácio Fryxell – História e Análise Arquitetónica”, da arquiteta Inês Gato de Pinho, a qual é apresentada no dia 7, às 15h00, no salão principal do edifício, com a presença da autora.

Trata-se de uma publicação que pretende dar a conhecer a complexidade histórica e arquitetónica de um edifício de referência para a cidade de Setúbal que, até ao final do séc. XVIII, foi morada de importantes instituições religiosas, do qual restam hoje a Capela de São Francisco Xavier e os claustros, bem como um troço considerável de muralha medieval.

Francisco Xavier nasceu a 7 de abril de 1506, na região espanhola de Navarra, junto dos Pirenéus franceses. Aos 18 anos, entrou na Universidade de Paris onde se formou, com distinção, em Latim, Filosofia e Humanidades.

Depois de ordenado sacerdote a 24 de junho de 1536, o padre jesuíta partiu em missão de evangelização dos povos do Oriente, como Índia, Japão e China. Foi nessa viagem, com início em 1540, que Francisco Xavier passou por Setúbal, onde foi recebido no cais por populares que lhe pediram para os ouvir em prece.

Gratos e devotos, os setubalenses, após a canonização de Francisco Xavier em 1622, solicitaram que o padre jesuíta, falecido doente na ilha chinesa de Sanchoão a 3 de dezembro de 1552, aos 46 anos, fosse proclamado padroeiro da cidade, o que se concretizou em 1703.