A cerimónia evocativa, realizada no monumento de S. Francisco Xavier, no Jardim da Beira-Mar, contou com a presença do vereador Manuel Pisco, que agradeceu à LASA – Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, à Universidade Sénior de Setúbal e à Vigararia de Setúbal a colaboração na realização destas comemorações.

O ato simbólico, assistido por mais de duas dezenas de pessoas, com a presença igualmente do presidente da LASA, Machado Luciano, e do bispo de Setúbal, D. José Ornelas, foi antecedido da celebração de uma eucaristia na Igreja de S. Julião.

O programa, desenvolvido com o apoio da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, continuou no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com a conferência “Proposta de uma leitura simbólica do quadro de S. Francisco Xavier na Índia”, conduzida por Luís Paixão e João Cruz Alves.

Os arquitetos refletiram, para mais de cinquenta pessoas, sobre o lugar desta pintura nos cinquenta anos de atividade de Lima de Freitas, seguida de leitura simbólica daquele quadro, patente no Salão Nobre.

As comemorações de S. Francisco Xavier terminaram ao final da tarde, na Sala de Sessões dos Paços do Concelho, com a apresentação do livro “Casas Religiosas de Setúbal e Azeitão”, editada pela LASA, com coordenação de Albérico Afonso Costa, António Cunha Bento, Inês Gato de Pinho e Maria João Pereira Coutinho.

A apresentação da obra, que retoma, em perto de trezentas páginas, as comunicações de um colóquio que a LASA promoveu, em 2014, sobre aquele tema, contou com a presença do vereador Carlos Rabaçal.

O autarca aproveitou a ocasião para apresentar os especialistas e investigadores de diversas áreas que atualizaram a historiografia existente sobre casas religiosas de Setúbal e Azeitão, como conventos, igrejas paroquiais e ermidas, entre outras.

O livro, à venda nas livrarias de Setúbal, reúne esses estudos, devidamente documentados, que dão a conhecer ao público a lista do património religioso edificado existente no concelho e o seu acervo. 

Francisco Xavier nasceu a 7 de abril de 1506, na região espanhola de Navarra, junto dos Pirenéus franceses. Aos 18 anos, entrou na Universidade de Paris onde se formou, com distinção, em Latim, Filosofia e Humanidades.

Depois de ordenado sacerdote a 24 de junho de 1536, o padre jesuíta partiu em missão de evangelização dos povos do Oriente, como Índia, Japão e China. Foi nessa viagem, com início em 1540, que Francisco Xavier passou por Setúbal, onde foi recebido no cais por populares que lhe pediram para os ouvir em prece.

Gratos e devotos, os setubalenses, após a canonização de Francisco Xavier em 1622, solicitaram que o padre jesuíta, falecido doente na ilha chinesa de Sanchoão a 3 de dezembro de 1552, aos 46 anos, fosse proclamado padroeiro da cidade, o que se concretizou em 1703.