O projeto é desenvolvido numa parceria entre a Câmara Municipal e a empresa mVision, que celebraram na manhã do dia 26, na Casa da Baía – Centro de Promoção Turística, um protocolo de colaboração.

“Acho que muita gente, inclusivamente os próprios naturais de Setúbal, vai ficar surpreendida com a atração que é esta capital de distrito”, sublinhou a presidente da Autarquia após a cerimónia de assinatura da formalização da parceria com a mVision.

Maria das Dores Meira considera que, mesmo os mais céticos, “que dizem que Setúbal só tem um rio, uma serra e pouco mais”, se vão render perante o valor turístico da cidade, “sem dúvida, uma das mais bonitas do País e que apresenta espaços cuja importância faz parte da memória nacional”.

O projeto isenta a Câmara Municipal de qualquer esforço financeiro, uma vez que, explicou o gerente da mVision, Luís Neto, aquele é apoiado por fundos comunitários provenientes do programa PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural, através da ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal.

“Esta parceria, para a Câmara Municipal, só tem proveitos”, sublinhou Maria das Dores Meira, sobre o “investimento ‘zero’” num projeto que considera ser mais um passo importante, “entre muitos outros que têm sido dados”, para a promoção e o desenvolvimento turístico do concelho.

O projeto de audioguias levou cerca de um ano a ser desenvolvido em Setúbal e foi concretizado através de estreita parceria entre a mVision e técnicos municipais, em particular do Gabinete de Turismo e do Serviço de Bibliotecas e Museus, com os conteúdos de 48 pontos de interesse a serem especificamente criados ou adaptados para os aparelhos a utilizar pelos visitantes.

Os utilizadores têm o serviço disponível por apenas três euros, sendo facultadas informações em português, espanhol, francês e inglês.

Os aparelhos podem ser alugados na Casa da Baía, no posto de informação turística da Doca das Fontainhas e na Loja Coisas de Setúbal, localizada nos Paços do Concelho, Praça de Bocage.

Juntamente com os aparelhos, que fornecem informações tanto por altifalante como por auricular, é fornecido aos visitantes um mapa com a sugestão de dois trajetos a percorrer.

Enquanto um percurso é mais curto, com a duração de uma a duas horas, o circuito completo tenderá a demorar entre três e quatro horas.

Perante o aliciante de ficar a conhecer muitos dos segredos desconhecidos do vasto património setubalense, Maria das Dores Meira lançou ainda um desafio para que “os próprios munícipes da cidade experimentem os audioguias num fim de semana”, com a certeza de que muitos “certamente ficarão surpreendidos e maravilhados”.

Luís Neto adiantou que, por dez euros, o serviço de audioguias de Setúbal pode ser adquirido num pacote alargado a Palmela e Sesimbra e ainda a uma adega à escolha entre a José Maria da Fonseca e a Quinta do Alcube.