“À Descoberta da Terra –  Sismos e Energia Solar” é o tema da edição deste ano do programa da iniciativa Ciência Viva no Verão, que, pelo quarto ano consecutivo, aconteceu no Parque Urbano de Albarquel.

Este ano, a grande novidade do programa destinado a crianças e jovens é a possibilidade de os participantes poderem experimentar um carro movido a energia solar.

“É um carro que não precisa de combustível ou de eletricidade para se movimentar. Tem um painel fotovoltaico e vai buscar energia ao sol. É prático e pode atingir uma velocidade até 25 quilómetros por hora”, explica Rita, estudante na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, voluntária no programa Ciência Viva.

Durante a manhã, os participantes ficaram também a conhecer de que forma a luz solar pode ser utilizada como fonte de calor para cozinhar.

Rita explica que, em meia hora, podemos obter maçãs cozidas iguais aquelas que se confecionam em casa, “através do recurso a uma superfície refletora, feita com uma manta térmica e o uso de uma panela preta, para produzir mais energia, colocada dentro de uma estufa”.

“É um forno preparado para todas as estações do ano. No inverno só não funciona quando chove. Tem uma característica especial, que é o facto de ter de acompanhar o movimento do sol ao longo do dia. Cerca de meia em meia hora é preciso corrigir o alinhamento do forno”, explica a jovem.

Da energia solar para os fenómenos naturais que ocorrem à superfície da terra e que são resultantes da dinâmica interior do planeta, Daniela Golrão, também voluntária no programa Ciência Viva no Verão explicou, através de exemplos didáticos e interativos, o movimento e a tensão que ocorrem nas placas tectónicas que desencadeiam um sismo.

“Recorremos a uma mesa sísmica, onde simulamos uma ocorrência e ensinamos técnicas de proteção. Tentamos sensibilizar a população para o caso de ocorrerem sismos. Todos se mostram interessados, especialmente as crianças. Os adultos recordam muito o sismo de 1969. As crianças demonstram uma curiosidade diferente por ser um fenómeno que não conhecem”, revela a jovem estudante de sismologia.

No PArAlbarquel, os participantes ficaram ainda a conhecer mais sobre o protótipo de dispositivo de alerta de tsunamis instalado em Setúbal. Através deste equipamento, é possível detetar antecipadamente a ocorrência deste fenómeno e alertar atempadamente a população, em caso de emergência.

 

O projeto Ciência Viva No Verão 2016 decorre entre 15 de julho e 15 de setembro em todo o país e é uma iniciativa da Agência Nacional para a Cultura Cientifica e Tecnológica, em parceria com o Instituto Geofísico do Infante Dom Luís.

 

É uma iniciativa de divulgação científica aberta a todos existente há 20 anos e tem o objetivo de aproximar os cidadãos da ciência sob a forma de uma experiência direta, permitindo uma otimização de recursos e um contacto mais próximo com as populações. 

 

A ação que hoje decorreu em Setúbal foi organizada com o apoio da Câmara Municipal, através do Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros Bombeiros de Setúbal.

 

Questões e dúvidas relacionadas com esta atividade, devem contactar a Linha Verão: 21 898 50 50, entre as 09h00 e as 18h00, ou através do website:  http://www.cienciaviva.pt