Segunda reunião do Conselho Municipal de Educação.

As sete escolas entregues pelo Estado ao Município de Setúbal no âmbito do processo de transferência de competências do Ministério da Educação têm necessidades de requalificação, construção e investimento de quase 36,5 milhões de euros. 


 A situação foi debatida na segunda reunião ordinária do Conselho Municipal de Educação, realizada em 11 de julho no auditório do Mercado do Livramento, dirigida pela vice-presidente da Câmara Municipal, Carla Guerreiro, que tem o pelouro da Educação.

No âmbito do processo de transferência de competências, em abril passaram para a responsabilidade da Câmara Municipal um total de sete escolas – quatro dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, duas secundárias e uma dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundária –, quatro delas consideradas de intervenção prioritária: a Escola Secundária de Bocage e as escolas básicas de Aranguez, Barbosa du Bocage e de Azeitão.

Os restantes estabelecimentos de ensino a necessitar de intervenções são a Escola Básica Luísa Todi, a Escola Secundária Dom Manuel Martins e a Escola Básica e Secundária Ordem de Sant’Iago.

Uma avaliação técnica às sete escolas realizada por uma equipa multidisciplinar da Câmara Municipal evidenciou a necessidade de “obras profundas e estruturais no edificado e logradouros, bem como a substituição do mobiliário escolar”, além de a Escola Básica de Azeitão e a Escola Secundária Dom Manuel Martins “não possuírem nenhum equipamento desportivo coberto para a prática das aulas de Educação Física”.

Na sequência da avaliação, que também sublinhou a importância de passar a existir oferta de ensino secundário para os alunos de Azeitão, concluiu-se que as necessidades de requalificação, construção e investimento nas sete escolas totalizam 36 milhões, 416 mil e 600 euros.

Destes, 25 milhões, 666 mil e 600 euros são referentes a obras estruturais, oito milhões à construção de um pavilhão na Escola Básica de Azeitão e outro na Secundária Dom Manuel Martins, um milhão e 400 mil à aquisição de mobiliário e um milhão e 150 mil à compra de material, não estando neste caso incluídos os equipamentos referentes ao Plano Tecnológico, como computadores, quadros interativos e videoprojetores.

No balanço realizado no Conselho Municipal de Educação foi ainda exposto que, no que diz respeito ao pessoal não docente, a transferência de competências implicou a passagem de 96 assistentes técnicos e 436 assistentes operacionais para os quadros do município, não suportando o Ministério da Educação as despesas relativas a seguro de acidentes de trabalho, medicina de trabalho e formação profissional.

O ministério tem transferido verbas para o pagamento de serviços externos essenciais, como eletricidade, combustível, água, comunicações, material de escritório, higiene e limpeza, mas, segundo o relatório elaborado pelos técnicos municipais, aquelas são definidas “com base nos valores calculados para 2018, o que se tem revelado insuficiente”.

Há, ainda, outros serviços externos essenciais para o normal funcionamento das escolas que não estão contemplados, como a manutenção de elevadores, extintores, equipamentos de ar condicionado, caldeiras, equipamentos de cozinha e desportivos, espaços verdes e sistemas de segurança, o fornecimento e manutenção de software e o serviço de reprografia.

Quanto ao balanço do ano letivo de 2021/2022, a falta de professores e de pessoal não docente foi referido, na reunião do Conselho Municipal de Educação, como sendo o problema principal.

No encontro de trabalho foi também solicitado às direções das escolas que enviem à Câmara Municipal informação sobre as necessidades de manutenção a efetuar durante a interrupção letiva e ficou agendada para 18 de julho uma reunião entre a Carris Metropolitana e os agrupamentos e escolas não agrupadas para debater o serviço de transporte escolar no concelho.

Os diretores destacaram alguns projetos realizados ao longo do ano, como, entre outros, o Programa Escola Azul, considerado transversal a níveis de ensino e ao próprio território, ou a Marcha do Dia Internacional das Cidades Educadoras, vista como uma iniciativa promotora da cidadania.

Enquanto a empresa CEDRU – Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional e Urbano, Lda. fez o ponto de situação da elaboração da Carta Educativa, foi anunciado que a VIII Conferência Anual de Educação se realiza em 8 de setembro, no Fórum Municipal Luísa Todi e na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.

A iniciativa, que se inspira na edição deste ano do Dia Internacional das Cidades Educadoras, das quais o município é membro desde 2012, vai ter como tema “A cidade como espaço de educação para a paz, liberdade e cidadania” e pretende ser um momento de reflexão e de capacitação da comunidade educativa.

A conferência tem lugar durante a manhã no Fórum Municipal Luísa Todi e à tarde, na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, é retomada a realização dos “Caminhos que se trilham: experiências locais de sucesso”, uma sessão em que são apresentados projetos e experiências pedagógicas das escolas e agrupamentos de escolas do concelho, bem como de outras instituições e da comunidade em geral.

Cravo. 25 de Abril

COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL

TRANSMISSÃO EM DIRETO
DA SESSÃO SOLENE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

25 de Abril . 10h00 . Fórum Municipal Luísa Todi

Cravo. 25 de Abril