A autarca, que interveio no dia 25 na sessão de abertura do XIV Encontro da Unidade Coordenadora Funcional (UCF) de Setúbal, a decorrer na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal, considera que tem de ser feita uma aposta “com redobrada intensidade num Serviço Nacional de Saúde forte e equilibrado”.

A edil reconhece que o SNS – Serviço Nacional de Saúde e os profissionais que o compõem já deixaram de ser alvos de “cerrados ataques”, ainda que “subsistam problemas que condicionam bastante a vida destes trabalhadores, em particular dos médicos”.

São problemas que “urge resolver” e que “foram agravados por um longo período de desinvestimento no SNS, de desrespeito pelos seus profissionais e, acima de tudo, de desrespeito pelos utentes”, pelo que “é necessário recuperar o tempo perdido” com a adoção de novas políticas.

Para a autarca, todos os cidadãos devem ter acesso ao SNS, “sem entraves de qualquer espécie”, sejam de ordem financeira, sejam “motivados por uma rede de estabelecimentos de saúde que esquece populações mais afastadas dos centros urbanos”.

O importante, “acima de tudo”, é “manter serviços de saúde de qualidade na esfera pública, impedindo a entrega a privados de fatias cada vez maiores daquilo que deve ser obedecer ao interesse público por definição”.

A partilha de experiências entre profissionais de saúde é o objetivo do XIV Encontro da Unidade Coordenadora Funcional de Setúbal, estrutura que promove a articulação entre os cuidados de saúde primários e hospitalares nas áreas da saúde da mulher, neonatal, da criança e do adolescente.

O evento começou às 10h00, com um painel sobre Ginecologia, a que se seguiu a sessão de abertura dos trabalhos, a qual contou com a intervenção da presidente da Câmara Municipal de Setúbal.

A autarca reconheceu a importância da realização deste tipo de iniciativas que “reúnem a comunidade dos profissionais de saúde do concelho, e não só” e salientou o trabalho por eles desenvolvido, todos os dias, “com empenho e elevado sentido de responsabilidade e, muitas vezes, com enormes dificuldades”.

Maria das Dores Meira vincou que “é graças a todos os que constituem esta comunidade profissional que, mesmo com as dificuldades conhecidas, Portugal continua a ter um Serviço Nacional de Saúde com qualidade”.

A sessão de abertura contou, igualmente, com a presença da diretora do Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida, Bárbara Sofia de Carvalho, que sublinhou a “melhoria significativa” dos indicadores de saúde da mulher, neonatal, da criança e do adolescente, devido ao trabalho desenvolvido pelas unidades coordenadoras funcionais, desde 1991.

“Estes organismos têm sido essenciais para garantir a partilha assistencial nestas áreas, entre os centros de saúde e os hospitais, além de contribuírem para a elaboração de protocolos institucionais e a divulgação de normas atualizadas.”

A importância do papel da Unidade Coordenadora Funcional de Setúbal na “promoção da saúde nestes grupos vulneráveis” foi também destacada por Ana Cristina Fryxell, representante da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

A responsável acredita que “só com uma boa articulação” entre centros de saúde e hospitais se consegue “garantir um acompanhamento adequado”.

Em Setúbal, uma das apostas da UCF tem sido, segundo o coordenador, Francisco Vaz, a realização de encontros anuais para o “reforço do espaço formativo para partilha de problemas e definição de estratégias”.

A décima quarta edição do encontro da UCF local, que decorre entre os dias 25 e 26, no auditório da Escola Superior de Saúde de Setúbal, reúne cerca de uma centena de profissionais que refletem sobre “temáticas atuais e importantes”, pelo que Francisco Vaz espera que o evento resulte em “contributos importantes para melhorar as práticas e a qualidade assistencial”.

A seguir à sessão de abertura, que contou também com as presenças da diretora da Escola Superior de Saúde de Setúbal, Alice Ruivo, da representante do Centro Hospitalar de Setúbal, Alice Melo, e da representante da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, Graça Coito, esteve em análise a contraceção intrauterina.

Da parte da tarde, a obstétrica é o tema em reflexão, num painel moderado por Emília Catita, em que as médicas Rosário Botelho e Joana Bernardeco falam sobre rastreios e gravidez e puerpério patológico, respetivamente.

O encontro prossegue no dia 26, às 09h00, com um painel sobre alimentação e prevenção da obesidade, moderado por José Freixo, com comunicações apresentadas pelos médicos Nadine Santos e Nuno Nunes, a que se segue, às 10h00, um simpósio sobre obesidade infantil.  

A parentalidade positiva é o tema em cima da mesa a partir das 11h00, numa sessão moderada por Filipa Pinto Mendes, na qual são oradores Sandra Bonito, com uma análise da comunicação entre o bebé e mãe, e Rita Ribeiro, com uma apresentação sobre coaching parental.

Às 12h00, a enfermeira Fátima Semedo fala sobre o Plano Nacional de Vacinação e, da parte da tarde, às 14h30, a neuropediatria está em análise com uma comunicação sobre convulsões e fenómenos paroxísticos não epiléticos, por Maria José Fonseca, com moderação a cargo de Luís Caturra.

A partir das 15h30, Teresa Gouveia modera uma apresentação na área da hematologia a cargo de Ana Filipa Durão.

O encerramento do XIV Encontro da Unidade Coordenadora Funcional de Setúbal, organizado em parceria com o ACES Arrábida e o Centro Hospitalar de Setúbal, está marcado para as 17h00.

Cravo. 25 de Abril

COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL

TRANSMISSÃO EM DIRETO
DA SESSÃO SOLENE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

25 de Abril . 10h00 . Fórum Municipal Luísa Todi

Cravo. 25 de Abril