O concerto, de cerca de uma hora e meia, serviu para o grupo, pelo qual passaram mais de duas dezenas de músicos, recordar os temas do álbum gravado em 1983 e outros que não chegaram a ser editados, nalguns casos apresentados com novos arranjos.
O público, heterogéneo, quase dos 8 aos 80, praticamente encheu a entrada da Casa da Cultura para assistir a um espetáculo que pode constituir um regresso da banda que liga a música tradicional a outros géneros.
Os mais velhos quase se lembravam das letras de cor, enquanto para os mais novos foi a oportunidade de conhecer um projeto musical que, nos anos 80, obteve reconhecimento nacional, com críticas positivas na imprensa especializada e aparições na televisão e rádio.
Paulo Curto, baixo, Carlos Sequeira, cordas, Cristóvão Martinho e Luís Alegria, sopros, Rui Rosado e Fernando Santos, bateria/percussões, e Dolores de Matos, voz, a que se juntaram Lena Mendes, acordeão, e Rui Sequeira, viola, compuseram a formação num espetáculo realizado no local onde a banda tinha feito os últimos ensaios, um edifício então ocupado pelo Círculo Cultural de Setúbal.
A alegria e o empenho dos músicos, agora na casa dos 50 anos, excluindo os dois novos elementos, e que na maior parte dos casos nunca mais tinham tocado juntos, deixaram no ar a possibilidade de um regresso em definitivo dos Disto & Daquilo ou de este ser o ponto de partida para um novo projeto.
