A Câmara Municipal de Setúbal está a desenvolver as ações de deservagem com recurso a trabalho mecânico, em detrimento do uso comum de herbicidas, uma vez que estes podem constituir perigo para a saúde pública.


O município tem apostado na remoção de ervas infestantes do espaço público por via de métodos mecânicos porque os produtos químicos habitualmente utilizados para este fim incluem glifosato na composição, substância que a comunidade científica aponta como potencialmente carcinogénea.

A autarquia, de forma a garantir a segurança da população, passou a recorrer unicamente a meios mecânicos na eliminação de ervas “daninhas”, nomeadamente com equipas apetrechadas com roçadoras mecânicas.

Esta medida revela-se eficaz, embora não tão eficiente como o uso de herbicidas com glifosato, realidade a que não está alheia a instabilidade climática verificada na primavera, e mesmo no início do verão, com períodos de chuva e de sol com calor, o que favorece o desenvolvimento de ervas infestantes e atrasa o avanço dos trabalhos mecânicos.

Para reforçar este esforço na deservagem, a Câmara Municipal adquiriu uma viatura elétrica de monda térmica a vapor de água, a qual deve começar a ser utilizada já nos próximos dias.

O equipamento, um investimento de perto de 35 mil euros, foi adquirido através de cofinanciamento, em mais de 60 por cento, do Fundo Ambiental.

O município está a empregar estes meios de forma contínua na remoção de ervas infestantes nas áreas em que mantém a gestão da limpeza urbana.

Compete às juntas de freguesia, no âmbito dos acordos de delegação de competências da Câmara Municipal, a responsabilidade de remoção de ervas infestantes nos territórios em que estão incumbidas da gestão de limpeza urbana.

Em Azeitão, no Sado e em Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra cabe às juntas a gestão do serviço na totalidade dos territórios das respetivas freguesias, enquanto em São Sebastião e na União das Freguesias de Setúbal as áreas de intervenção estão repartidas com o município.