O equipamento, que integra uma das ações inscritas na carteira de projetos do programa RUBE – Regeneração Urbana do Bairro da Bela Vista e Zona Envolvente, resulta de uma parceria da Câmara Municipal, da delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa e do Instituto da Droga e da Toxicodependência.

Destinado, sobretudo, a jovens entre os 12 e os 18 anos, o DizPositivo desenvolve atividades e promove recursos dirigidos a esta faixa etária, como material de informação interativo, sessões de esclarecimento, formação e tertúlias.

O DizPositivo, com gestão técnica da Cruz Vermelha Portuguesa, inclui, no piso superior do Mercado 2 de Abril, próximo da Bela Vista, um gabinete de atendimento e uma área ampla, colorida e apelativa, para o desenvolvimento das atividades. Em breve, no piso térreo, haverá outra área.

“Este é um momento importantíssimo para o desenvolvimento local”, afirmou a presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, salientando a importância do “trabalho em rede com as famílias e as escolas”.

Agir da “melhor forma para prevenir” comportamentos de risco, como o abuso de substâncias psicoativas, é o principal objetivo do DizPositivo, indicou a autarca, referindo que o “investimento financeiro é ínfimo quando comparado com os tratamentos e custos sociais”.

Maria das Dores Meira referiu, ainda, que as conclusões de um estudo realizado em 2009 pela Câmara Municipal se revelaram preocupantes. Os dados apontaram para 60 por cento dos jovens adolescentes de Setúbal já teriam experimentado drogas e álcool, substâncias psicoactivas cujo consumo triplicou numa década.

O presidente da Cruz Vermelha de Setúbal, Duarte Machado, salientou a experiência daquela instituição na área das toxicodependências e que o DizPositivo é uma ferramenta preventiva agora disponível no território da Bela Vista.

Ajudar os jovens a procurar caminhos para “uma vida mais feliz” foi o desafio lançado por Duarte Machado.

Pedro Pina, técnico da Cruz Vermelha, sublinhou a importância da partilha de informação acerca do problema das toxicodependências: “Quanto mais informação partilharmos, quanto mais as pessoas se sentirem capazes de poder olhar este problema de uma forma mais eficiente, melhor podemos responder a estas situações.”

Esse trabalho na área da prevenção incide amplamente nas famílias, nas escolas e nas comunidades, de forma a ajudar as pessoas a desenvolver capacidades que lhes permitem identificar e impedir os comportamentos problemáticos.