O documentário “Cesária Évora”, da realizadora azeitonense Ana Sofia Fonseca, foi um dos vencedores da 12.ª edição dos Prémios Sophia, atribuídos pela Academia Portuguesa de Cinema, cuja cerimónia se realizou a 21 de maio, no Casino Estoril.
A obra, que ganhou na categoria de “Melhor Documentário em Longa-Metragem”, proporciona ao público um novo olhar sobre a vida e obra da cantora cabo-verdiana, um dos nomes maiores da world music, que, apesar de não corresponder ao modelo normal de sucesso, superou todas as condições que normalmente a afastariam da ribalta.
Com imagens de arquivo inéditas e testemunhos únicos de familiares, amigos de infância e músicos que trabalharam com Cesária Évora, o documentário revela aspetos pessoais e profissionais da “Diva dos Pés Descalços”, da humanidade e vontade de ajudar os outros, aos problemas de depressão e bipolaridade.
Nesta edição dos Prémios Sophia, a obra cinematográfica de Ana Sofia Fonseca estava nomeada juntamente com os filmes “Entre Ilhas”, de Amaya Sumpsi, “Objetos de Luz”, de Acácio de Almeida e Marie Carré, e “Um Corpo que Dança – Ballet Gulbenkian 1965-2005”, de Marco Martins.
O documentário “Cesária Évora”, realizado em 2022 entre Portugal, França e Cabo Verde, e distinguido nesta edição dos Prémios Sophia, já tinha conquistado, em maio, o Prémio Público no Festival Indie Lisboa e arrebatado uma menção especial na 62.ª edição do Festival de Cinema de Cracóvia, Polónia.
A realizadora Ana Sofia Fonseca, natural de Vila Nogueira de Azeitão, concelho de Setúbal, viu o documentário “Cesária Évora”, dedicado à artista cabo-verdiana falecida a 17 de dezembro de 2011, aos 70 anos, estrear-se mundialmente no festival norte-americano South by Southwest.
Na corrida aos Prémios Sophia esteve também a obra do realizador setubalense António Aleixo “Quis Saber Quem Sou”, neste caso na categoria de “Melhor Documentário em Curta-Metragem”, cujo prémio foi atribuído ao filme “João Ayres, Pintor Independente”, de Diogo Varela Silva.
