Antestreia de "Fato Macaco" na Escola Básica do Viso

O documentário de ficção “Fato Macaco” estreia-se ao público no dia 2 de outubro, às 17h00, no Cinema Charlot – Auditório Municipal, numa obra de Rui Paixão com origem no contexto da plataforma de criação artística Rota Clandestina, promovida pela Câmara Municipal.


“Fato Macaco” teve antestreia no dia 17, no Bairro Grito do Povo, onde foi rodado, numa sessão realizada na Escola Básica do Viso.

O documentário foi rodado entre 10 e 20 de maio nos bairros dos Pescadores e Grito do Povo e no centro da cidade de Setúbal, numa cocriação de Rui Paixão/Holy Clowns e Dona Edite, cabendo a organização à Câmara Municipal no âmbito do projeto Rota Clandestina, que tem direção artística de Renzo Barsotti.

A obra, executada com financiamento e apoio da autarquia, tem como foco a recolha de testemunhos reais sobre lutas dos trabalhadores na região e atos de resistência e manifestação, assistindo-se, em paralelo, à narrativa de uma personagem ficcional interpretada pelo “clown” Rui Paixão, que existe misturada e confundida dentro do mundo real.

Esta personagem ficcional, com uma cabeça de boneco, habita no Bairro dos Pescadores e reflete algumas das problemáticas associadas às condições de trabalho transversais a setores e gerações.

Ao longo de dez dias de gravação intensiva em Setúbal, a equipa registou todos os acontecimentos sobre a integração da personagem criada por Rui Paixão neste contexto social.

Esta foi a segunda fase da residência artística em Setúbal do primeiro artista português a integrar o Cirque du Soleil com uma criação própria, depois de na primeira ter realizado um trabalho de investigação nos dois bairros, para ficar a conhecer as suas dinâmicas, pessoas e associações, entre elas a APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.