Questões relacionadas com o financiamento da Economia do Mar na península de Setúbal estiveram em destaque numa palestra, realizada no dia 2, na Casa da Baía, no âmbito da marca Setúbal Terra de Peixe.
A diretora-executiva da ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal, Natália Henriques, deu a conhecer, no dia 2 à tarde, os fundos disponíveis para o financiamento de projetos relacionados com a economia do mar, fixados sob o chapéu do Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC).
Este programa para a utilização dos fundos comunitários do Portugal 2020 em projetos de cariz local envolve entidades públicas e privadas, com o objetivo de dar respostas aos problemas de pobreza ou exclusão social em territórios desfavorecidos, economicamente fragilizados ou de baixa densidade populacional e localizados em áreas urbanas ou costeiras.
Ao longo da sessão “Financiamento da Economia do Mar na Península de Setúbal através do Desenvolvimento Local de Base Comunitária”, do ciclo Mar à Conversa, desenvolvido no âmbito das atividades da marca Setúbal Terra de Peixe, da Câmara Municipal, a analista financeira focou o regime de apoio GAL ADEPRES Costeiro.
Este regime permite o apoio de ações que incidam nas áreas da inovação do espaço marítimo, da qualificação escolar e profissional relacionada com o meio aquático, da promoção de planos de mar e da preservação, conservação e valorização dos elementos patrimoniais e dos recursos naturais e paisagísticos.
As tipologias das ações a apoiar pela GAL ADREPES Costeiro, com duas dezenas de parceiros ligados ao setor da pesca, incluem, ainda, projetos de reforço da competitividade da pesca, de reforço da competitividade do turismo, de promoção de produtos locais de qualidade e de melhoria dos circuitos curtos de bens alimentares.
Em relação a iniciativas implementadas no terreno e apoiadas pela ADREPES, no âmbito do Eixo 4 do PROMAR, anterior programa de financiamento, substituído, entretanto, pelo Mar 2020, Natália Henriques exemplificou com o “Cabaz de Peixe”, projeto que faz cerca de seis dezenas de cabazes de peixe por semana, com três quilos cada.
Com um custo de 20 euros e entregue em dias e locais específicos, o “Cabaz de Peixe” envolve a comunidade piscatória com os consumidores, que compram um produto de origem local a um preço mais reduzido.
A ArtesanalPesca, cooperativa de Armadores de Pesca, com o objetivo de valorizar os produtos do mar capturados pelos pescadores artesanais de Sesimbra, e a marca O Melhor Peixe do Mundo, com venda de pescado exclusivamente através de métodos não intrusivos para o ambiente, são outros dos projetos apoiados pela ADREPES.
No encontro realizado no dia 2, Natália Henriques fez ainda uma breve apresentação da ADEPRES – Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal, uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada em 2001 com o objetivo de promover o desenvolvimento rural, costeiro e urbano da região.
A próxima sessão do ciclo Mar à Conversa, promovida pela Câmara Municipal, no âmbito das atividades lúdico-pedagógicas da marca Setúbal Terra de Peixe, realiza-se no dia 23, às 14h30, com a apresentação do projeto HAChoco, pela docente e investigadora do Instituto Politécnico de Setúbal Mafalda Guedes.
A palestra, dinamizada com os apoios da Docapesca e da Makro, no auditório da Casa da Baía, é de participação gratuita mediante inscrição prévia, a qual deve ser feita presencialmente, pelo telefone 265 541 500 ou pelo endereço eletrónico gape@mun-setubal.pt.
