Os atletas disputam a etapa setubalense num circuito delineado no rio Sado, defronte do Parque Urbano de Albarquel, local de eleição para o público assistir às competições masculina, com partida marcada para as 15h00, e feminina, com início agendado para dez minutos depois.

A prova, organizada pela Federação Portuguesa de Natação e pela Câmara Municipal de Setúbal, tem a participação dos melhores atletas da atualidade, facto que tem sido uma constante desde a primeira edição, há dez anos.

Em 2017, a etapa de Setúbal da Taça do Mundo de Águas Abertas conta com o campeão olímpico em título Ferry Weertman, da Holanda, e com a vice-campeã olímpica Rachele Bruni, de Itália, mas também com os italianos Simone Ruffini, campeão mundial dos 25 quilómetros, em Kazan, Rússia, e 6.º classificado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e Federico Vanelli, 7.º nas olimpíadas brasileiras.

Em Setúbal estão também presentes os alemães Andreas Waschburger, Christian Reichert e Angela Maurer, esta última, várias vezes campeã do mundo, e o argentino Guillermo Bertola.

A seleção portuguesa de natação em águas abertas é outra presença forte na baía sadina, com uma formação de oito atletas em que se destacam nomes de referência como da nadadora olímpica Vânia Neves e da campeã nacional e 5.ª do ranking europeu, Angélica André, assim como do campeão nacional, Rafael Gil, e do internacional Mário Bonança.

Os atletas portugueses também veem no horizonte da etapa de Setúbal um importante teste para o Campeonato Mundial de Águas Abertas de Budapeste, Hungria, a disputar entre 15 e 22 de julho.

Além dos muitos nomes de destaque no elenco de atletas inscritos para a etapa setubalense, há ainda outros aliciantes a ter em conta nesta prova, como a possibilidade de, pela primeira vez, os nadadores terem a oportunidade de competir equipados com fatos isotérmicos, mediante condições específicas.

Trata-se de uma inovação nos regulamentos internacionais de natação em águas abertas, introduzida em finais de 2016 e que ainda não foi posta em prática.

As regras, que até ao momento proibiam a utilização deste tipo de fatos, só o permitem, agora, em águas abaixo dos 18 graus centígrados, sendo opcional em temperaturas entre os 18º e os 19,9º. Os fatos continuam proibidos em registos mais quentes do que neste último intervalo.

A organização espera que o recurso a equipamento desportivo desta natureza se reflita na prestação dos atletas e está a criar expectativas para Setúbal, etapa famosa pelas águas mais frias e pelos elevados níveis físicos e mentais exigidos aos atletas em comparação com as restantes provas do circuito mundial.

A etapa de Setúbal, que já foi de apuramento olímpico para Londres 2012 e Rio 2016, é a terceira do circuito mundial de águas abertas na distância de 10 quilómetros deste ano, seguindo-se a Viedma, Argentina, a 4 de fevereiro, e Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, a 11 de março.

A Taça do Mundo prossegue, depois da baía do Sado, em Lake St. John, a 27 de julho, e Lake Megantic, a 12 de agosto, ambos no Canadá, Chun’ai, a 15 de outubro, e, por último, Hong Kong, a 21 de outubro, também ambos na China.

Mass Event

Durante a manhã, com início às 10h00, realiza-se um evento paralelo à Taça do Mundo, a FINA Water Mass Swimming World Series Setúbal.

Esta prova, também organizada pela Federação Portuguesa de Natação e pela Câmara Municipal, destina-se a toda a população, seja nadadores federados, seja não federados, desde que tenham mais de 14 anos de idade.

O evento, que conta com cerca de duas centenas de inscrições, permite que nadadores amadores disputem uma competição, com muito menos voltas, no mesmo circuito em que os nadadores da elite mundial se vão bater na distância de 10 quilómetros.