O equipamento, inaugurado no dia 7, à tarde, funciona como uma cisterna de retenção de águas pluviais que passa a estar integrada no sistema de rega existente naquela escola para utilização nas várias áreas ajardinadas e canteiros de flores.

“Este é um dos bons exemplos em matéria de sustentabilidade ambiental e que permite, ao mesmo tempo, uma considerável poupança financeira”, sublinhou o vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Setúbal, Manuel Pisco, na cerimónia.

A cisterna de retenção de águas pluviais, com capacidade para 30 mil litros, está instalada junto de um dos edifícios do recinto escolar e funciona em conjunto com um outro depósito, este apenas com capacidade para cinco mil litros e ligado a um furo de captação subterrâneo.

Na existência de água no novo reservatório, o sistema de rega é alimentado automaticamente pelo novo equipamento. Caso não haja água suficiente, a rega das áreas ajardinadas da escola é feita com recurso a água do furo, tendo em conta que uma única rega consome cerca de cinco mil litros.

“O projeto nasceu de uma ideia simples, o aproveitamento de um recurso que estava a ser desperdiçado”, esclareceu o professor responsável pelo projeto, Carlos Cunha, adiantando as duas principais mais-valias alcançadas. “A poupança de água e a poupança de energia, uma vez que a bomba elétrica do equipamento ecológico tem uma potência reduzida.”

O equipamento de retenção de águas pluviais foi desenvolvido em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, que construiu a base de sustentação do equipamento e efetuou as ligações de tubagens ao sistema de rega da escola, e as empresas Secil, Lisnave e Construções 3P.

A medida ecológica, dinamizada e implementada ao longo de quatro anos, permitiu “colocar em prática conhecimentos teóricos adquiridos na formação ambiental”, adiantou Manuel Pisco, reforçando que a questão ambiental está bem assimilada nas escolas do concelho. “Quem ganha são as gerações vindouras.”

Na cerimónia de inauguração do novo equipamento, foi hasteada, pelo décimo segundo ano consecutivo, a bandeira verde “Eco-Escolas” na Secundária D. Manuel Martins, atribuída pela ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa.

O prestigiado galardão voltou a distinguir o estabelecimento de ensino por iniciativas e trabalhos dinamizados ao longo do ano letivo em prol de um ambiente mais sustentável.

A educação ambiental “é para continuar” na Escola Secundária D. Manuel Martins, frisou Carlos Cunha, reforçando que “espera melhorar a prestação” do estabelecimento de ensino em projetos de sustentabilidade, como a recolha seletiva de óleos e o Centro de Interpretação Ambiental, já em desenvolvimento.

Na cerimónia foi ainda apresentado o plano de atividades a dinamizar ao longo deste ano letivo no âmbito do “Eco-Escolas”, programa internacional que pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pelos estabelecimentos de ensino na área da educação ambiental.