O projeto, elaborado pelo atelier Ricardo Carvalho + Joana Vilhena Arquitectos, resultou na execução de uma obra de remodelação e ampliação da EB+S Lima de Freitas, concluída em 2013, com o objetivo de melhorar a funcionalidade e a harmonia do imóvel, agora com mais condições de conforto e utilização pela comunidade escolar.

“A integração da escola com a paisagem da Serra da Arrábida”, sublinha Nuno Gaspar, do atelier de arquitetos, foi uma das premissas do projeto, que incluiu a construção de novos edifícios, a reabilitação estrutural de seis blocos existentes e a demolição de infraestruturas obsoletas.

O estabelecimento de ensino, anteriormente composto por pavilhões, com uma pérgula central e com pouca valorização do espaço coletivo, integra agora uma renovada praça de recreio, assim como uma nova biblioteca, um auditório, mais salas de aula e espaços para alunos e professores.

Nuno Gaspar adianta que a “criação de novas valências escolares e a melhoria das acessibilidades no interior da escola” foram mais-valias alcançadas com a execução do projeto, a que se juntam beneficiações obtidas ao nível do conforto térmico, acústico e eficiência energética, com o aproveitamento da iluminação natural.

A requalificação das áreas exteriores do estabelecimento de ensino foi outra das prioridades do projeto, com a introdução de novas zonas de lazer, incluindo a instalação de um conjunto de modernas soluções de mobiliário escolar e a definição de pequenas áreas ajardinadas, com árvores.

O projeto de modernização e ampliação da EB+S Lima de Freitas é um dos 420 candidatos ao Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia – Mies van der Rohe, galardão instituído em 1987 pela Comissão Europeia, pelo Parlamento Europeu e pela Fundação Mies van der Rohe.

Entre os nomeados estão mais cinco projetos portugueses, os Edifícios Centrais do Parque Tecnológico de Óbidos, o Data Center da Portugal Telecom, na Covilhã, a Torre da Palma Wine Hotel, em Monforte, o Centro de Alto Rendimento de Foz Côa, no Pocinho, e o Museu da Oliveira e do Azeite, em Mirandela.

Os 420 projetos nomeados, provenientes de vários países europeus, abrangem várias valências, dos quais 27 por cento estão relacionados com alojamento, 24 com equipamentos culturais, 11 com educação, 5 com escritórios e 33 com equipamentos desportivos, comerciais, governamentais e de transportes.

O Prémio Mies van der Rohe para a arquitetura europeia recebeu, em 2000, a designação de Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia – Mies van der Rohe, galardão de grande relevância e prestígio internacional, atribuído de dois em dois anos.

O edifício do Banco Borges & Irmão, em Vila do Conde, do arquiteto Álvaro Siza Vieira, foi o único projeto português a ser galardoado com este prémio, em 1988.

O galardão pretende valorizar projetos de excelência e inovação caracterizados por uma construção de elevada qualidade, reconhecer as melhores obras de arquitetura construídas na Europa e realçar o papel desempenhado pelas atividades culturais enquanto motores de criatividade e inovação.

A lista de projetos finalistas ao Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia – Mies van der Rohe é divulgada no final de janeiro de 2015.