Fibromialgia - Projeto Share

Um estudo liderado por investigadores do Instituto Politécnico de Setúbal para avaliação dos efeitos da fisioterapia no tratamento da fibromialgia convida à participação de pessoas que sofrem desta doença crónica.


Uma equipa de investigadores da Escola Superior de Saúde do IPS – Instituto Politécnico de Setúbal está a desenvolver uma nova abordagem, que pretende constituir-se como alternativa ou complemento aos tratamentos de farmácia tradicionais, não específicos para a doença, à base de analgésicos, relaxantes musculares ou antidepressivos.

Para isso, apontam a fisioterapia como uma ferramenta eficaz para amenizar o desconforto causado pela fibromialgia, distúrbio do sistema nervoso caracterizado por dores generalizadas e constantes no corpo, acompanhadas de fadiga, alteração de sono, dor de cabeça e problemas de memória e concentração.

“É expectável que este tratamento ajude a controlar a dor, a diminuir a fadiga e a aumentar a capacidade de realizar as tarefas do dia a dia”, refere a Escola Superior de Saúde do IPS.

As pessoas com fibromialgia interessadas em participar neste estudo devem fazer a inscrição até 23 de outubro pelo contacto telefónico 910 710 518 ou pelo endereço eletrónico patricia.falcao@ess.ips.pt.

O tratamento, desenvolvido em pacientes diagnosticados clinicamente com esta doença crónica, centra-se na realização de exercícios de grupo em sessões presenciais na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal, respeitando todas as orientações da Direção-Geral da Saúde no que concerne a desinfeção e equipamentos de proteção individual.

A investigação, integrada no projeto SHARE – Saúde e Humanidades Atuando em Rede, é financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, com as parcerias da MYOS – Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica e dos centros hospitalares de Setúbal e de Lisboa Ocidental.

Em Portugal, a fibromialgia, classificada pela Organização Mundial da Saúde como doença reumática, atinge entre 2 e 4 por cento da população, sendo mais frequente em mulheres, em regra com idades entre os 20 e os 50 anos.