Presidente e vice-presidente da Câmara Municipal, André Martins e Carla Guerreiro, visitaram escolas dos segundo e terceiro ciclos que passaram para a gestão do município na sequência da descentralização de competências e têm necessidade de obras

O presidente da Câmara Municipal reiterou em 18 de abril preocupações com a falta de condições de quatro estabelecimentos de ensino do concelho, onde são necessárias obras de requalificação imediatas.


“Estamos hoje a visitar quatro escolas do segundo e terceiro ciclos que passaram para a gestão do município na sequência do processo de descentralização de competências e a avaliar o estado atual de degradação em que se encontram”, apontou André Martins depois de uma visita à Escola Básica de Azeitão.

Esta é uma das escolas onde “são necessárias obras imediatas”, onde há “falta de um pavilhão para a realização de aulas de educação física” e onde existem “salas de aula com infiltrações” e “salas com pavilhões de madeira com poucas condições de segurança”, além de persianas e paredes esburacadas e pavimentos danificados.

A Câmara Municipal de Setúbal “tem promovido ultimamente várias visitas a escolas também para falar com os professores, auxiliares, alunos e encarregados de educação”, porque “é com eles que também se encontram soluções para os graves problemas que existem”, sublinhou André Martins.

O presidente da autarquia mostrou-se preocupado ainda com o facto de o Poder Central ter transferido os estabelecimentos para o município “já degradados e sem as condições necessárias para os requalificar”.

Para o autarca, a situação é preocupante por “já ter passado um ano desde que a autarquia assumiu a gestão de escolas” e “verificarmos que, ao fim deste tempo todo, ainda não sabemos como vamos resolver estes problemas graves”, que são apenas resolvidos “com obras que o Poder Central tem a responsabilidade de executar”.

Além da Escola Básica de Azeitão, a ação desta terça-feira integrou visitas às escolas básicas Barbosa du Bocage e de Aranguez e à Escola Secundária de Bocage, que passaram para a gestão do município setubalense na sequência do processo de descentralização de competências.

Já a vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, que detém o pelouro da Educação, quer explicações do Governo para a não inclusão da Escola Básica de Aranguez, “a precisar de intervenção muito urgente”, na lista do Ministério da Educação.

“Não temos tido respostas por parte do Governo. Vamos novamente questionar para perceber quais foram os critérios aplicados para que a escola não esteja classificada como muito urgente na lista de prioridades para requalificação, tendo em conta a existência de problemas de infiltração graves.”

Salas onde chove no interior, incluindo o refeitório e a biblioteca, alguidares e baldes espalhados por vários locais a amparar a água que cai do teto e pisos danificados é o cenário visível num dos blocos do edifício, onde uma das salas de aula teve mesmo de ser encerrada por falta de condições devido aos danos provocados pelas infiltrações no chão.

Esta quinta-feira, a Câmara Municipal de Setúbal organiza uma conferência na qual é apresentado o balanço do primeiro ano de transferência de competências na área da Educação para a autarquia e é abordada a degradação dos edifícios escolas.

O encontro está agendado para as 12h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.