A biobibliografia do médico, político, escritor e historiador português Jaime Cortesão figura numa mostra inaugurada, a 21 de setembro, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal.
Na exposição, composta por mais de três dezenas de conteúdos históricos da vida e obra de Jaime Cortesão, o público pode apreciar registos fotográficos, ilustrações e documentos como o Catálogo da Exposição Comemorativa do Primeiro Centenário (1884-1984), da autoria de Jaime Cortesão e Raul Proença.
Inserida no colóquio “Jaime Cortesão: Vida e Obra”, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal em parceria com o Centro de Estudos Bocageanos, a inauguração da mostra contou com a participação dos investigadores Daniel Pires, Pedro Martins, Risoleta Pinto Pedro e Miguel Real.
Patente em três vitrinas no auditório da Biblioteca Municipal de Setúbal, a exposição pode ser visitada gratuitamente até 2 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 19h00, e aos sábados, das 14h00 às 19h00.
Depois da inauguração da exposição, houve a apresentação do livro “Uma Vida de Herói – Morte e Transfiguração de Jaime Cortesão”, de Pedro Martins, com edição pela Zéfiro e apresentação por Risoleta Pinto Pedro e que mostra a faceta poética do historiador e dramaturgo português.
“Homem audaz, intrépido e tenaz.” “Barbirruivo como Camões, com este partilhará ainda a feição aventurosa de uma natureza guerreira e cavaleiresca que lhe dita o sentido e o destino de toda uma vida.” É assim que Pedro Martins descreve Jaime Cortesão na obra apresentada no dia 21.
O encontro terminou com a audição da entrevista concedida por Jaime Cortesão a Igrejas Caeiro, em 1958 e emitida na altura pelo Rádio Clube Português, na rúbrica Perfil Dum Artista.
O colóquio continua no dia 28, pelas 15h00, na Sala José Afonso da Casa da Cultura, com diversas temáticas em torno da vida e obra de Jaime Cortesão, a cargo dos investigadores João Reis Ribeiro, Ana Margarida Chora, Álvaro Arranja, Risoleta Pinto Pedro, Pedro Martins e Daniel Pires.
Nascido a 29 de abril de 1884, na vila portuguesa Ançã, em Cantanhede, Jaime Zuzarte Cortesão viveu a combater pela liberdade.
Da greve académica em 1907, até aos bancos da Assembleia Nacional, este médico, político, escritor e historiador beirão parte, em 1932, para o exílio em Espanha, Inglaterra, França e Rio de Janeiro, regressando a Portugal treze anos depois.
