“Setúbal tem um conjunto de riquezas naturais únicas, sobretudo no segmento de turismo dedicado à observação da natureza, área de interesse em relevo nesta feira”, salientou a autarca na abertura oficial do evento, realizado na Herdade da Mourisca, que contou com a presença do secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Miguel de Castro Neto.

A ObservaNatura, dedicada ao turismo ornitológico, uma modalidade do turismo de natureza com destaque para a observação de todo o tipo de aves, direta ou com recurso a binóculos ou a sofisticados telescópios de campo, decorreu num recinto instalado próximo do Moinho de Maré da Mourisca, em pleno Estuário do Sado.

“A Herdade da Mourisca é um espaço abençoado pela natureza e um local privilegiado para o desenvolvimento das mais variadas atividades e iniciativas”, reforçou Maria das Dores Meira, que sublinhou, igualmente, a relevância da parceria entre o Município e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas na dinamização do Moinho de Maré.

A criação de mais-valias turísticas com o aproveitamento dos recursos naturais existentes foi salientada pelo secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, ao elogiar a pertinência da realização da feira ObservaNatura.

“É um evento de referência que permite uma troca de saberes e uma partilha de conhecimentos entre vários agentes ligados ao turismo”, destacou o governante. A feira, adiantou, “é um dos exemplos daquilo que pode ser feito no âmbito da valorização e conservação da natureza”.

O papel da ObservaNatura na estratégia definida para o território do Estuário do Sado foi salientado pela presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Paula Sarmento. “Este evento é um pilar para potenciar as riquezas naturais e promover este segmento de turismo.”

A ideia foi partilhada por João Madeira, da Troia Natura. “Esta feira é um excelente exemplo daquilo que pode ser feito utilizando, em exclusivo, as riquezas naturais que temos disponíveis e uma forma de maximizar, de forma sustentável, os recursos e valores da natureza.”

Às alocuções na sessão de abertura, seguiu-se um conjunto variado com mais de duas dezenas de intervenções, conduzidas por técnicos e especialistas nacionais e internacionais nas mais diversas áreas e atividades ligadas ao turismo de natureza e, em particular, à área ornitológica.

Fora da tenda de conferências, houve uma série de pontos de interesse, a começar pelas mais de quatro dezenas de expositores de associações, empresas e outras entidades do setor, além de instituições públicas, com mostras de materiais, venda de produtos regionais e oferta de atividades turísticas.

Em grupos de amigos ou em família, a Herdade da Mourisca foi muito procurada, sobretudo, pela possibilidade de contemplação de aves. Com material de observação mais ou menos sofisticado, desde máquinas fotográficas amadoras a potentes lentes e binóculos, o espaço promoveu prolongados momentos de lazer em contacto direto com a natureza.

“Este ano já vim preparada com material mais potente”, comentou Idalina Sousa ao encontrar um grupo de amigos, com os quais tinha travado amizade na edição do ano transato. “É sempre um prazer voltar a este espaço maravilhoso”, frisou a lisboeta, enquanto se preparava para captar uns instantâneos.

Para quem não vinha munido de material, num posto fixo de observação junto do Moinho de Maré, havia telescópios, binóculos e guias de campo, equipamentos que permitiram vislumbrar, com alguma sorte e paciência, algumas das aves do Estuário do Sado, como flamingos, garças e colhereiros.

Na Loja da Natureza, espaço dividido entre o Moinho de Maré e o armazém, foram disponibilizadas ao público publicações sobre as várias atividades que podiam ser realizadas no âmbito do turismo de natureza, como percursos pedestres interpretativos e guias de natureza, entre outras informações.

No Moinho de Maré, além da exposição permanente, havia mostras de produtos regionais, entre vinhos e doçaria, assim como algum artesanato. Já a área de restauração, era um ponto de encontro para retemperar energias e trocar algumas experiências de trabalho de campo.

As riquezas e potencialidades naturais da Herdade da Mourisca foram exploradas com um conjunto de atividades que incluíram passeios pedestres, de charrete, de canoa e caiaque ou num passeio de barco mais prolongado pelas ramificações do Sado, a partir do reabilitado porto palafita.

No ar, um enorme balão de ar quente pairava no cenário natural da Herdade da Mourisca. No meio aéreo, disponível para um pequeno voo cativo, foi possível contemplar, noutra perspetiva, alguns dos traços singulares do Estuário do Sado.

Na feira foi ainda possível frequentar um conjunto variado de minicursos, direcionados para os mais velhos, enquanto os mais novos tiveram oportunidade de participar em oficinas pedagógicas no âmbito da educação ambiental e experimentar um percurso de obstáculos de cordas.

A 5.ª edição da ObservaNatura foi organizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, pela Reserva Natural do Estuário do Sado e pela Troia Natura, em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal e outras entidades.

 

Cravo. 25 de Abril

COMEMORAÇÕES DO 25 DE ABRIL

TRANSMISSÃO EM DIRETO
DA SESSÃO SOLENE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

25 de Abril . 10h00 . Fórum Municipal Luísa Todi

Cravo. 25 de Abril