Fernanda Serrano apresenta livros - luta contra o cancro

A atriz Fernanda Serrano, na apresentação dos livros “Também há finais felizes” e “Viva a Vida”, na tarde de dia 4, na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, recordou como enfrentou e superou o cancro.


O momento do diagnóstico, há 11 anos, poucos dias após o nascimento do terceiro filho, a maneira como encarou a doença e a vida depois do cancro da mama foram os temas centrais da apresentação de Fernanda Serrano.

O encontro, promovido pela Câmara Municipal de Setúbal para assinalar o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, contou com a participação de alunos das escolas secundárias Lima de Freitas e Sebastião da Gama e da Escola Profissional de Setúbal, bem como de elementos da Associação Careca Power, de ajuda a doentes oncológicos.

Perante a sala lotada, Fernanda Serrano transformou a apresentação das duas obras em mais de uma hora de partilhas pessoais, ao responder, sem pudores, às questões que lhe foram colocadas pela plateia.

“Nos primeiros anos após ter vivido a doença, reservei-me ao silêncio e não falava disto. Depois achei que era importante contar o meu testemunho, passar uma mensagem de esperança, sem tirar à doença a importância que ela teve e que continua a ter.”

A dureza dos tratamentos de quimioterapia, como vivia esses dias e a mudança dos hábitos de vida foram as questões mais respondidas. À pergunta sobre o medo de uma recidiva, a atriz foi clara na resposta. “Desde há 11 anos que não há dia em que não me lembre que vivi esta doença. O medo está sempre presente, claro, mas não condiciona a minha vida.”

Em “Também há finais felizes”, Fernanda Serrano aborda a questão da importância da procura de uma segunda opinião, quando se sente que algo não está bem.

“O meu médico desvalorizou quando lhe disse que sentia um caroço na mama. Só com muita insistência da minha parte fiz exames de diagnóstico. Não foi tarde de mais, mas poderia ter sido.”

Fernanda Serrano, 46 anos, mãe de quatro filhos, conta com mais de duas décadas de carreira na área da representação. Esta tarde, na Biblioteca de Setúbal, falou igualmente da obra “Viva a Viva”, editada no ano passado.

“Sou eu neste livro. São histórias minhas, desconhecidas até ao momento em que as conto aqui. São memória, a minha passagem por Barcelona, o início da minha carreira. São os meus filhos. Estão também aqui a superação e o amor.”