“A frase ‘É preciso fazer um desenho?’ conquistou o comércio local e Setúbal”, sublinhou Teófilo Duarte, do atelier DDLX, durante o encerramento do certame, referindo-se ao título de uma festa que, na edição de arranque, mostrou trabalhos de alguns dos principais ilustradores portugueses.

O vereador da Cultura da Câmara Municipal, Pedro Pina, salientou que a Festa da Ilustração, a realizar todos os anos em junho, além de “ter sido uma oportunidade para colocar muitas pessoas em torno de uma ideia”, assumiu-se como uma iniciativa com a qual “Setúbal ficou a ganhar”.

O autarca realçou o esforço da organização, a cargo da Autarquia e da DDLX, ao longo de um evento que “ficou marcado pela irreverência e possibilitou a construção de sonhos”.

Essa irreverência da Festa da Ilustração, acrescentou Pedro Pina, esteve presente na abertura oficial do certame, que ocorreu às 00h00 do dia 1 de junho.

A Festa da Ilustração de 2016, segundo Teófilo Duarte, “pretende tornar-se internacional” e com a presença de jovens ilustradores, “como é o caso de Luís Filipe de Abreu e Nuno Saraiva” e do envolvimento de escolas secundárias, profissionais e superiores, ligadas às belas-artes.

“Para o ano, haverá espaço para debates e artistas locais interpretarão Setúbal a partir do século passado, com a exposição ‘O lugar ao desenho”.

O vereador Pedro Pina revelou ainda que, em breve e numa primeira fase, “a Festa terá um ‘quarto” e, numa segunda fase, “uma ‘casa’, a Casa da Ilustração”, no sentido de “oferecer à cidade um espaço capaz de trazer pessoas que gostem de partilhar trabalhos”.

O evento encerrou com uma atuação musical de Manuel João Vieira. “Tango antialcoólico”, “É mau” e “Portugal Terra Maravilhosa” foram alguns dos temas que se ouviram no Museu do Trabalho.

O músico português é autor da exposição “Bocage Porno”, com 15 ilustrações, entre desenhos e pinturas, expostas nas paredes da Casa Bocage, até 11 de julho.