A atriz Graziela Dias, do Teatro Estúdio Fontenova (TEF), companhia que estreou “A noite antes da floresta”, aponta que “o festival cresce de ano para ano”, com o público a considerar que esta edição apresentou “programação de excelência”, uma oferta cultural diversificada e eclética.

Graziela Dias salienta que o certame já tem um público fiel, que também vem de fora de Setúbal, o que “é extremamente gratificante”, uma vez que a Festa do Teatro, organizada em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, foi destacada pela comunicação social nacional, como o jornal “Expresso”, a revista “Time Out” e o programa “Agora”, da RTP2.

A atriz do TEF confessa que com a “crise”, a organização estava com “algum receio” em relação à apresentação de quatro peças no Fórum Municipal Luísa Todi, a principal sala de espetáculos de Setúbal, que acabou por correr “muito bem”, com o recinto “quase cheio”.

“A Estalajadeira”, pelos Artistas Unidos, e “Dos à Deux, 2.º Acto”, pelos franceses Dos à Deux, foram os espetáculos que levaram mais público ao “Luísa Todi”. Já as vinte cadeiras extra para “Que Raio de Mundo”, na noite da abertura, não chegaram para acolher tantos espetadores no Parque do Bonfim, acabando alguns por assistir de pé à encenação trazida pelo Teatro Regional da Serra do Montemuro.

A organização da Festa do Teatro gostaria que houvesse, em futuras edições, uma “maior internacionalização”, mas igualmente maior oferta durante o dia, com “ruas de Setúbal cheias de teatro”. Para a concretização do “grande sonho” é fundamental o apoio empresarial.

A prioridade, garante Graziela Dias, é que a “qualidade se mantenha” na organização de um “certame para o público”.