A 28.ª edição do Festroia, apresentada à comunicação social, no dia 4, na Casa da Baía, pela directora do festival, Fernanda Silva, é dedicada à cinematografia da Croácia, país que recebe o Golfinho de Cristal.

Croata é também Rade Serbedzija o “ator mais internacional do Leste europeu”, referiu Fernanda Silva, a quem será atribuído o Golfinho de Carreira.

Embora o orçamento desta edição, 300 mil euros, tenha sofrido um corte, em cerca de 100 mil euros, representando um “esforço muito maior”, a directora do festival referiu que no ano em que o Festroia volta ao renovado Fórum Municipal Luísa Todi, não queria “deixar de fazer um festival digno de voltar a casa”.

A directora do Festival Internacional de Cinema de Setúbal confessou estar “ansiosa e excitada por voltar a casa”.

“Nestes três anos andámos de mochila às costas”, lembrou, agradecendo à presidente da Câmara Municipal, também presente na conferência de imprensa o empenho da Autarquia na conclusão dos trabalhos do Fórum Luísa Todi: “o festival vai compensar esse esforço”.

Fórum Municipal Luísa Todi, Auditório Municipal Cinema Charlot e Casa da Baía, onde funciona o “meeting point” do festival, são os espaços de encontro de artistas e realizadores e de exibição do Festroia para 183 filmes, de 40 países, “mantendo a qualidade e a diversidade” e com várias estreias internacionais.

A Secção Oficial, “a menina dos olhos do festival”, apresenta 14 obras em competição, além das três dezenas de filmes das secções “Primeiras Obras” e “O Homem e a Natureza”.

A secção temática é dedicada ao “Thriller Europeu”, com 13 filmes recentes, do suspense à comédia, passando pelo terror. Três realizadores falecidos recentemente, o português Fernando Lopes, o checo Vaclav Havel e Theodoros Angelopoulos, são homenageados em “In Memorium”.

Durante os três anos em que o Festroia mudou de local, uma edição numa tenda no Largo de Jesus e as duas últimas no Auditório da Anunciada, Fernanda Silva reconhece que o festival perdeu público.

A presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, quis salientar que “cabe assim ao Festroia, com toda a justiça, ser a primeira grande manifestação cultural a ter lugar nesta nova fase da vida do Luísa Todi”, que reabre a 15 de setembro, Dia de Bocage e da Cidade.

A autarca referiu que “um evento desta envergadura constitui igualmente um importante fator de promoção cultural e turística da região”, uma vez que traz a anualmente a Setúbal dezenas de profissionais nacionais e estrangeiros da sétima arte, jornalistas, programadores e cinéfilos de todo o mundo.

Além da cedência dos espaços e de meios humanos e logísticos, a Autarquia continua a apoiar financeiramente o Festroia. Este ano, a verba a disponibilizada é de 117 mil euros, cerca de 30 mil euros menos em relação ao ano passado.

Também o Media Programe Europeu, que classificou com a pontuação máxima o certame de Setúbal, “um motivo de orgulho muito grande” para Fernanda Silva, apoia o festival com 75 mil euros, o valor máximo concedido a um festival.

A 28.ª edição do Festroia, tal como as anteriores, pretende cativar públicos mais jovens. Por isso, oferece duas manhãs de sessões dedicadas às crianças dos jardins-de-infância que queiram assistir.

A programação deste ano pode ser consultada em www.festroia.pt.