Fibromialgia - Projeto Share

Um estudo liderado por investigadores do Instituto Politécnico de Setúbal de avaliação dos efeitos da fisioterapia no tratamento da fibromialgia convida à participação de pessoas que sofrem desta doença crónica.


Quando se fala em fibromialgia é comum partir-se do princípio de que não há cura e a solução passa, muitas das vezes, pela toma de medicamentos não específicos para a doença, mas que podem ajudar a aliviar os sintomas, caso de analgésicos, relaxantes musculares ou antidepressivos.

Uma equipa de investigadores da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal que integram o SHARE – Saúde e Humanidades Actuando em Rede, projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, quer avaliar os benefícios de uma nova abordagem, contrária aos tratamentos farmacológicos.

Para isso apontam a fisioterapia como uma ferramenta eficaz para amenizar o desconforto causado pela fibromialgia, um distúrbio do sistema nervoso, caracterizado por dores generalizadas e constantes no corpo, acompanhadas de fadiga, alteração de sono, dor de cabeça e problemas de memória e concentração.

“É expectável que este tratamento ajude a controlar a dor, a diminuir a fadiga e a aumentar a capacidade de realizar as tarefas do dia a dia”, refere a organização.

A participação no estudo, gratuita, carece de inscrição prévia até ao dia 10 de janeiro, através dos telefones 265 709 331 ou 910 710 518 ou dos endereços gabriela.pinto@ess.ips.pt e patricia.falcao@ess.ips.pt.

O tratamento é desenvolvido em pacientes diagnosticados clinicamente com fibromialgia e centrado na realização de exercícios de grupo em duas sessões presenciais por semana, a partir das 17h30, durante dois meses, na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal.

Em Portugal, a fibromialgia, classificada pela Organização Mundial da Saúde como doença reumática desde 1995, atinge entre dois a quatro por cento da população, sendo mais frequente em mulheres e, em regra, com idades entre os 20 e os 50 anos.