À chegada à Figueirinha quem olha para a zona principal de acesso ao areal de imediato percebe que esta é uma praia distinguida pelo galardão da Bandeira Azul. Distinção esta que está presente na Figueirinha pelo oitavo ano consecutivo.

“Temos água de qualidade, temos um enquadramento maravilhoso do ponto de vista ambiental e também geoestratégico e temos os nossos golfinhos a passar à frente da praia. Esta é uma praia de referência. Não só do concelho, mas também da região de Setúbal e do país”, destacou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, no final da cerimónia de hastear da bandeira.

Para assinalar o momento, a autarca aproveitou o facto de a Figueirinha ser uma praia que nesta altura do ano é, na maioria, frequentada por crianças das escolas de Setúbal e dos concelhos vizinhos, para reunir um grupo de alunos durante a cerimónia.

“Aqui vêm muitas escolas, que frequentemente usufruem desta praia. E nós queremos o melhor para esta praia, para os nossos meninos, para os nossos jovens que frequentam muito esta praia. Para não falar da população ativa, que é quem paga os impostos, que também vem aqui e que tem igual importância”, destacou Maria das Dores Meira.

A cerimónia de hastear do galardão europeu atribuído pela ABAE – Associação da Bandeira Azul da Europa contou também com as presenças do vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Setúbal, Manuel Pisco, e de um representante da capitania do Porto de Setúbal. Participaram ainda representantes do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e do concessionário da Praia da Figueirinha.

“A Figueirinha é um dos rostos desta região e termos uma praia Bandeira Azul é uma mais-valia para todo o Parque Natural da Arrábida. Esperamos que seja para continuar”, salientou Maria do Céu Santos, representante do ICNF.

Por seu lado, Adérito Pulido, presente na cerimónia em representação do concessionário da praia, destacou a notoriedade que este galardão traz para a Figueirinha. 

“Percebemos que as pessoas estão cada vez mais atentas à qualidade dos espaços. É claro que fomos obrigados a responder às imposições que uma praia com Bandeira Azul tem, mas também somos adeptos disso. Percebemos que, para termos qualidade, temos de ter mais investimento”, frisou.

A Bandeira Azul é atribuída anualmente mediante a avaliação dos critérios “informação e educação ambientar”, “qualidade da água”, “gestão ambiental e equipamentos” e “segurança e serviços”.

Arminda Fernandes, 69 anos, é natural no Minho, vive atualmente em Vialonga e diz que frequenta a Praia da Figueirinha há mais de cinquenta. Fala com entusiasmo da forma como tem vindo a acompanhar a evolução desta zona balnear.

“Venho para aqui desde os 14 anos. Tenho uma ligação emocional com esta praia. Mesmo que não estivesse assim tão arranjada, vinha para cá na mesma. Este sítio está cada vez melhor e para mim é um gosto ver isso”, afirma.

Este ano são 314 praias portuguesas a hastear a Bandeira Azul. Praias marítimas e fluviais, localizadas entre Portugal continental e as ilhas.

Implementada à escala europeia em 1987, por iniciativa da Fundação para a Educação Ambiental, com o apoio da Comissão Europeia, a Bandeira Azul está presente em Portugal praticamente desde o início da sua fundação.

“30 anos, 30 critérios, um objetivo” é o tema da edição de 2016 da Bandeira Azul, que este ano celebra 30 anos de presença em Portugal.